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Ministério Público expõe esquema de corrupção de Rangel e Galante

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António Pedro Santos / Lusa

O juíz desembargador Rui Rangel

Os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante só na próxima semana deverão ficar a conhecer as medidas de coacção, no âmbito da Operação Lex, depois de terem sido confrontados, em tribunal, com as escutas que revelam o alegado “pacto” de corrupção entre o ex-casal.

A investigação em torno dos dois juízes desembargadores assenta no cruzamento de extractos bancários dos 13 arguidos, desde 2014, e em escutas telefónicas efectuadas a partir de 2016, conforme avança o Correio da Manhã.

Os indícios apurados pelo Ministério Público, e perante os quais Rangel e Galante ficaram em silêncio, na audição de quinta-feira, no Supremo Tribunal de Justiça, apontam que os dois juízes, que já foram casados, teriam em marcha “um esquema de promiscuidade”, segundo frisa o CM.

A partir da secção cível do Tribunal da Relação de Lisboa, Galante ajudaria o ex-marido na 9ª secção criminal “a proferir acórdãos” em benefício de arguidos que pagariam subornos, realça o jornal.

Esta é a teoria do Ministério Público (MP) que acredita que este esquema de corrupção foi aplicado em processos envolvendo o ex-empresário de futebol José Veiga, o empresário luso-angolano Álvaro Sobrinho e Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica e também arguido na Operação Lex.

Os advogados de defesa dos juízes pediram mais tempo para consultar o processo de 155 páginas, justificando assim o silêncio de Galante e de Rangel em tribunal.

Certo é que, apesar de representados por advogados diferentes, as defesas dos dois juízes “estão concertadas”, conforme sustenta João Nabais, que representa Rangel, em declarações divulgadas pelo CM. “Tiveram uma semana para acertar estratégias conjuntas”, disse o advogado.

Fátima Galante é representada por Paulo Sá e Cunha.

ZAP //

2 Comments

  1. Olha que dois. João Nabais e Paulo Cunha e Sá , venha o diabo e escolha .
    E depois ainda dizem que a justiça é igual para todos . Vê-se …

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