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Metro do Porto vai ter duas novas linhas a construir até 2021

O conselho de administração da Metro do Porto decide e anuncia esta terça-feira as novas linhas a construir na Área Metropolitana do Porto entre 2018 e 2021. A linha de Gaia até Vila D’Este e uma ligação entre a Casa da Música e a estação de São Bento são as opções.

O administrador não executivo da Metro do Porto em representação da AMP, Marco Martins, também presidente da Câmara de Gondomar, adiantou à Lusa que a empresa decidirá pela construção das linhas do Porto e Gaia, por serem “as mais rentáveis, de acordo com os estudos” que a Metro encomendou.

A possibilidade de a expansão da rede do Metro do Porto avançar surgiu em abril do ano passado, quando o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, garantiu 400 milhões de euros de investimento para a ampliação deste meio de transporte público em Lisboa e no Porto.

Desde então, vários projetos de linhas foram reanalisados pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto a pedido da Metro, que pretendeu otimizar custos face aos definidos em estudos existentes desde 2011.

Os 280 milhões de euros disponíveis para a expansão do Metro permitirão, assim, construir a linha de Gaia até Vila D’Este e uma ligação entre a Casa da Música e São Bento.

Segundo o Jornal de Notícias, a rede do metro vai crescer quase seis quilómetros e os novos trajetos permitem chegar a mais dois centros hospitalares da região, neste caso, o Santo António (Porto) e o Santos Silva (Gaia).

Em janeiro, o jornal Público revelou que estas obras podem custar cerca de 140 milhões de euros no Porto e as de Gaia mais de 120 milhões.

Esta manhã, o ministro do Ambiente anunciou que serão efetuados estudos técnicos para expandir futuramente a rede do Metro do Porto a três novas linhas, designadamente a Gondomar, Maia e Gaia, sem existirem, contudo, garantias de financiamento.

Em conferência de imprensa, o ministro referiu que os estudos serão efetuados para uma nova ligação a Gondomar, que ligará o Estádio do Dragão (Porto), por Contumil, até ao centro daquele município, para uma ligação entre o polo universitário da Asprela, junto ao Hospital de S. João (Porto), e a Maia e uma terceira que ligará a Casa da Música (Porto) até às Devesas (em Gaia), “com uma ponte”.

“É da maior importância garantir, num futuro mais próximo possível, toda a coesão territorial com os concelhos a norte e a nascente da cidade do Porto, e uma segunda ligação a Gaia, concelho densamente povoado”, referiu Matos Fernandes, salientando que no âmbito deste quadro comunitário de apoio (2014-2020) “não será possível” encontrar financiamento.

A Metro do Porto é detida a 60% pelo Estado, pertencendo os restantes 40% à Área Metropolitana do Porto (AMP).

ZAP // Lusa

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