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Pela primeira vez, Angela Merkel admite estudar emissão de dívida europeia

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Olivier Hoslet / EPA

Emmanuel Macron, Donald Tusk, Angela Merkel e Pedro Sanchez

Pela primeira vez, e com a evolução da pandemia do novo coronavírus, a chanceler alemã demonstrou abertura para que seja emitida dívida pública europeia.

Na reunião extraordinária do Conselho Europeu, esta terça-feira, foi novamente discutida a possibilidade de emitir dívida pública europeia. A Alemanha nunca admitiu essa hipótese, mas, pela primeira vez, Angela Merkel abriu a porta à discussão.

De acordo com a agência Bloomberg, que cita uma fonte ligada ao processo, a questão dos chamados “coronabonds” foi levantada pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, durante a videoconferência entre os líderes europeus.

A chanceler alemã terá mostrado abertura para passar este tema ao seu ministro das Finanças, Olaf Scholz, para que este analisasse a situação com outros ministros.

“Esperamos que os ministros das finanças [Eurogrupo] discutam mais a esse nível. Vou conversar com Olaf Scholz para que o lado alemão possa fazer parte disto. Mas não há conclusões”, alertou Merkel, citada pela agência.

Tal como recorda o semanário Expresso, a Alemanha admitir este cenário é algo totalmente novo para a União Europeia (UE). Mas não será fácil, sobretudo porque a medida tem de ser aprovada no Parlamento alemão.

Durante a crise da zona euro, entre 2010 e 2014, a hipótese de emissão de dívida europeia foi muito discutida, a pedido dos países mais afetados pela subida dos juros das suas dívidas nacionais. A Alemanha sempre se mostrou contra.

Segundo o semanário, o primeiro-ministro português, António Costa, foi um dos chefes de Governo a defender este instrumento na reunião do Conselho Europeu. O Presidente francês, Emmanuel Macron, também se mostrou favorável.

ZAP //

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