A farmacêutica portuguesa está a ser apontada como a principal responsável pelo medicamento que esta quinta-feira deixou uma pessoa em morte cerebral e outras cinco em estado grave.
Foi a ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, quem confirmou que os seis voluntários tiveram de ser hospitalizados em estado grave, depois de um ensaio clínico ao qual se submeteram esta semana.
Na altura, a ministra não especificou que tipo de medicamento estava a ser testado mas, segundo a imprensa francesa, trata-se de uma substância desenvolvida pela Bial.
O jornal Expresso já confirmou esta informação, dizendo que se trata, de facto, de uma molécula desenvolvida pela farmacêutica portuguesa.
A empresa ainda está a tentar perceber o que se terá passado, uma vez que o medicamento já tinha sido usado noutros pacientes e nunca foram registados problemas deste género.
A farmacêutica não quis fazer comentários sobre o caso e diz que vai deixar os esclarecimentos que tiver a fazer para mais tarde.
Uma fonte próxima do caso afirmou à AFP que se tratava de um analgésico com canabinóides, um ingrediente ativo encontrado em plantas de canábis.
O ensaio clínico estava a ser conduzido pelo laboratório francês Biotrial, que entretanto foi suspenso. Todos os voluntários que participaram foram chamados para serem submetidos a exames.
Os seis voluntários foram hospitalizados no Centro Hospitalar de Rennes, no noroeste de França, encontrando-se um dos pacientes em morte cerebral.
O Ministério Público francês já anunciou que vai ser aberta uma investigação sobre o caso.
ZAP
Tragédias… que talvez poderiam ser evitadas se legalizassem a canábis, para a poderem estudar