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Meco: processo reaberto e João Gouveia constituído arguido

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ejbSF / Flickr

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O processo relativo ao caso Meco foi esta quarta-feira reaberto pelo juiz de instrução criminal de Setúbal. O juiz de instrução criminal constituiu como arguido João Gouveia, o único sobrevivente da tragédia da praia do Meco, que provocou a morte a seis jovens estudantes em dezembro do ano passado.

Uma nota do Ministério Público, refere que foi notificado de despacho do juiz de instrução da comarca de Setúbal para abertura da instrução e que “o juiz de instrução criminal determinou também que se procedesse à constituição e interrogatório como arguido (com prestação de termo de identidade e residência) relativamente ao indivíduo contra qual foi requerida a abertura de instrução”, numa referência ao ex-Dux da Lusófona, João Gouveia, o único sobrevivente da tragédia do Meco.

joaomiguel.gouveia.1/facebook

João Miguel Gouveia

João Miguel Gouveia

O processo judicial instaurado na sequência da morte de seis alunos da Universidade Lusófona de Lisboa, que se encontravam na praia do Meco, no concelho de Sesimbra, tinha sido arquivado pelo Procurador do Ministério Público do Tribunal da Almada, que considerou não haver indícios de crime.

O advogado das famílias dos seis jovens, Vítor Parente Ribeiro, decidiu, no entanto, pedir a abertura de instrução, pretensão que foi acolhida por um juiz do Tribunal de Setúbal.

Os familiares dos seis jovens afirmam-se convictos de que a investigação sobre o caso “ficou pela rama” e dizem ter muitas dúvidas quanto à versão contada por João Gouveia, segundo a qual o grupo de universitários terá sido surpreendido e arrastado por uma onda quando se encontravam à beira-mar numa praia do Meco, na madrugada de 15 de dezembro.

“A reabertura do processo é uma forma que o nosso advogado tem de inquirir o João Gouveia, (único sobrevivente), que deverá ser constituído arguido. Poderá ser uma forma de chegarmos a verdade”, disse à Lusa António Soares, pai de uma das vítimas da tragédia de 15 de dezembro que ceifou a vida a seis estudantes da Universidade Lusófona.

Novas perícias ao traje do Dux

Entretanto, o traje académico que João Gouveia vestia na noite em os colegas morreram no mar vai ser submetido a novas perícias, adiantou Vitor Parente Ribeiro ao jornal SOL.

Esta foi uma das diligências aprovadas pelo juiz de instrução criminal de Setúbal que reabriu o processo.

O novo teste solicitado pelas famílias ao vestuário do dux passará por uma análise à presença de algas unicelulares encontradas em praticamente todas as águas, sendo conhecido tecnicamente como ‘exame forense de cultura diatomácea’.

O objectivo, alegam as famílias, é “demonstrar que a roupa entregue pelo arguido nunca esteve em contacto com a água do mar da Praia do Moinho de Baixo no Meco”.

ZAP  / Lusa

4 Comments

  1. Sobre a reabertura do processo da tragégia de 15 de Dezembro na Praia do Meco:
    De louvar as diligências das famílias das vítimas e do advogado das mesmas.
    Porque é importante que quem partiu descanse em paz.
    Porque é importante que as famílias possam sair desse pesadelo para fazerem o seu luto.
    Porque é importante a resolução deste assunto com determinação e clareza, seja qual for o desfecho.

  2. Seria bom que este Dux malhasse com os ossos na prisão e enfrentasse la a praxe dos novatos, que consiste em arrear as calças e enfrentar uma fila de dez matulões.

  3. Estas historia das praxes mete nojo gente dita tão culta a humilhar outros não passa de uma palhaçada com apoio das autoridades, sim apoio das autoridades em Beja ainda este mes fecharam praticamente o acesso principal ao Hospital para esses meninos desfilarem avenida abaixo, pena o Inem não ter que sair para ir socorrer a mãe de um desses organizadores e não poder e a mesma morrer. É uma vergonha a escolta policial para demorarem mais de 20 minutos a descer essa mesmo avenida congestionando todo o transito de uma artéria principal. Como isso é possível estamos a falar da avenida principal de acesso a um Hospital. Tenha vergonha na cara.

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