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“A ponta do icebergue”. Vara fez parte de “rede poderosa que tentou controlar o país”

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Mário Cruz / Lusa

Luis Marques Mendes

A prisão de Armando Vara é só “a ponta do icebergue”. É Marques Mendes quem o diz no seu habitual espaço de comentário na SIC, salientando que o ex-ministro fez parte de uma “rede muito poderosa”, a par de José Sócrates e de Carlos Santos Silva, que tentou “controlar o país”.

“Ele foi tão poderoso, tão poderoso, que fez parte de uma rede que, durante 20 anos ou mais, tentou controlar o PS, a Banca, a Comunicação Social, as grandes empresas, tipo a antiga PT, e a justiça”, considerou Marques Mendes sobre Armando Vara na sua habitual crónica de domingo no Jornal da Noite da SIC.

Armando Vara deu entrada na prisão de Évora na semana passada, para cumprir pena no âmbito do caso Face Oculta. Mas para Marques Mendes, “esta prisão agora é apenas a ponta do icebergue de outros processos, como a Operação Marquês”.

O antigo líder do PSD atestou que “uma rede muito poderosa” que foi “liderada por José Sócrates, Armando Vara e Carlos Santos Silva” começou a operar em Portugal “há mais de 20 anos”. Mas “ainda bem que terminou”, concluiu Marques Mendes.

O comentador também lembrou que Vara foi “o homem todo-poderoso” de Bancos como a Caixa Geral de Depósitos e o BCP “não só por causa de José Sócrates, mas também pelo Banco de Portugal que deu a sua autorização”. “O Banco de Portugal à altura, liderado por Vítor Constâncio, teve um comportamento inqualificável“, acusou Marques Mendes.

Sete potenciais candidatos à liderança do PSD

No seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes abordou ainda a aprovação da moção de confiança na liderança de Rui Rio no Conselho Nacional do PSD, considerando que dá alguma “adrenalina” ao presidente do partido.

Rio “ganhou em definitivo o direito de ir às legislativas“, frisou Marques Mendes, embora lembrando que “mesmo os seus apoiantes não estão muito felizes com a sua liderança”.

Para o antigo presidente do PSD, Rio tem que mudar de estratégia para ser “inclusivo, acutilante e mobilizador”. Marques Mendes recomenda-lhe que seja mais firme na oposição ao Governo de António Costa, abraçando causas que “diferenciem” o PSD do PS.

“Se Rio mudar, a vitória foi importante, se não mudar, foi uma vitória de Pirro“, constatou Marques Mendes.

Sobre Luís Montenegro, o comentador repara que “a tradição no PSD é que quem desafia a liderança está sempre na primeira linha do combate seguinte”.

Mas além de Montenegro, Marques Mendes aponta mais seis candidatos potenciais à liderança do PSD para o futuro próximo – Passos Coelho, que “pode ter a tentação de regressar”; Paulo Rangel; Carlos Moedas, Miguel Pinto Luz, Pedro Duarte e Miguel Morgado.

ZAP //

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8 Comments

  1. havia uma equipa de futebol que tinha um rato de área, um ratão e uma ratazana … há “artistas” que pensam que já são ratazanas mais nem pinta de ratos têm. Um bom exercício seria começarem a olhar para o próprio umbigo sem terem de colocar um espelho “ratânico”.

  2. Ah! O artista Vara, agora conhecido como o 49.
    E o seu amigo e engenhoso chefe, também conhecido como o 44…
    Uns criativos, sem vergonha nem escrúpulos, que nos obrigaram a pagar umas massas valentes para esta barquinha não ir ao fundo…
    Estão bem um para o outro, juntamente com os restantes capangas que por aí andam nos corredores do poder.
    Bem que podiam apodrecer na prisão, que eu não achava nenhum inconveniente. Sem pena nem perdão!

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