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Marques Mendes: “Costa sabe mais de política a dormir do que os outros acordados”

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A ameaça de o Governo apresentar a demissão foi vista por Marques Mendes como “taticismo” de António Costa, misturado com uma dose de “oportunismo político”. No entanto, para o comentador político, no final do dia foi o primeiro-ministro quem saiu por cima.

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes teceu elogios à estratégia de Costa, após o primeiro-ministro ameaçar a demissão do Governo caso o diploma dos docentes fosse aprovado. Segundo o comentador político, António Costa bateu o pé aos “amadores” Rui Rio e Assunção Cristas.

A crise política “de fim-de-semana”, que começou na sexta-feira e acabou no domingo, teve no final um verdadeiro vencedor: António Costa. O social-democrata admite que o primeiro-ministro “dramatizou”, mas que pôs ordem na casa, obrigou PSD e CDS a recuar e terminou com a crise.

Marques Mendes concorda com António Costa quanto à reposição integral do tempo de serviço dos docentes e defende que esta “é uma decisão financeiramente insustentável para as finanças públicas”.

“Não podemos ter saído da bancarrota e estar a criar condições para termos novamente problemas de défice”, justificou Luís Marques Mendes.

Para o comentador político, a aprovação do diploma dos docentes seria justa para eles, mas não para os trabalhadores privados — com vencimentos mais baixos do que tinham antes da crise — ou para os desempregados, pensionistas e reformados.

Marques Mendes destacou ainda a inteligência de Costa na gestão desta crise política, principalmente numa altura em que estava “em dificuldades com a geringonça“, no que toca à saúde e às eleições europeias. A jogada de Costa permitiu ganhar autoridade e consolidar a ideia de maioria absoluta nas legislativas.

Desleixo ou amadorismo do PSD e CDS

“Encontrou um cenário para fazer teatro por ingenuidade, desleixo ou amadorismo do PSD e CDS, que lhe estenderam a passadeira vermelha ao aprovarem na comissão parlamentar os nove anos de recuperação dos professores”, explicou Marques Mendes.

“Nenhum ministro das Finanças do CDS ou PSD daria aval ao que aprovaram na comissão parlamentar, na quinta-feira”, atira Marques Mendes, dizendo que, do ponto de vista de credibilidade, foi um erro PSD e CDS aparecerem aliados ao BE e ao PCP.

Para o comentador da SIC, António Costa é um “profissionalão da política” e “sabe mais de política a dormir do que os outros acordados”. A oposição não teve outra escolha e “por amadorismo ou falta de jeito, Rio e Cristas colocaram-se a jeito e não tiveram alternativa senão recuarem”.

As eleições europeias podem também agora ganhar uma nova cor. “É um novo élan para as Europeias, que estavam a correr mal ao PS”, diz Marques Mendes. A mais recente sondagem mostrou que PS e PSD podem empatar, com o PS a estar à frente do PSD por pouco mais de 1%.

Contudo, Luís Marques Mendes afirmou ainda que o candidato Pedro Marques foi um erro de casting por parte do Partido Socialista.

ZAP //

2 Comments

  1. Resumindo tudo jogadas para se manterem no poder e nada de defender os reais interesses do país! Por essas e por outras levam de mim uma talocha!

  2. Nem Costa nem nenhum partido representado naquela assembleia merece credibilidade por parte do cidadao comum …Costa sempre foi oportunista nao so quando se candidato a secretario geral do ps bem como quando perdeu as eleiçoes deu a volta ao jogo e acabou com o apoio do pcp e do Be … sempre o BE e o PCP lutaram e gritaram a boca toda por causa do aumento de impostos de passos Coelho e o rigido controlo orçamental agora no fim de gritarem tanto contra Passos seguem o seu caminho junto com o PS criando taxas e taxinhas e na obstante se impondo a um rigor orçamental que ajuda as familias politicas e nada tras de bom ao contribuinte com um ciresp obsuleto, uma cp do seculo passado e obras hospitalares pagas por benemeritos paradas ….bem como quase 30% dos doentes que estao em lists de espera morrem a espera …caiu se no ridiculo do psd e o cds nao saberem fazer oposiçao e deixarem todos naquele parlamento viverem á grande enquanto o ze esqueletico fica do lado de fora a viver do ar e da chuva …

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