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Presidência do Eurogrupo para Centeno volta à ordem do dia

Olivier Hoslet / EPA

O ministro das Finanças, Mário Centeno, com Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo

O ministro das Finanças, Mário Centeno, com Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo

O primeiro-ministro diz que Portugal não é candidato à presidência do Eurogrupo, mas se a escolha do ministro das Finanças português se colocar será enfrentada e, caso se concretize, será “uma honra” para o país.

António Costa falava em conferência de imprensa em São Bento, depois de questionado sobre o regresso à agenda mediática da possibilidade de o seu ministro das Finanças poder ser eleito presidente do Eurogrupo, sucedendo ao holandês Jeroem Dijsselbloem.

É uma escolha que cabe ao Eurogrupo. Portugal não apresentou a sua candidatura, mas também não foge das suas responsabilidades”, respondeu o primeiro-ministro.

“E Mário Centeno tem todo o mérito para exercer essas funções. Não somos candidatos ao lugar de presidente do Eurogrupo, mas não rejeitamos se a questão se vier a colocar”, acrescentou.

Segundo o Expresso, o timing destas declarações é, desde logo, um sinal importante, e não deixa de ser significativo que as notícias sobre a eventual saída de Centeno surjam precisamente no dia em que a Comissão Europeia assume a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE)

Mas as opiniões sobre este assunto são contraditórias. Em Abril, o Presidente da República desejou que Mário Centeno permaneça no cargo e não opte por ir presidir ao Eurogrupo.

“Acho que seria uma má solução para Portugal, porque o ministro das Finanças faz falta em Portugal, com o devido respeito que há pela presidência do Eurogrupo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Mário Centeno terá sido sondado para assumir a presidência do Eurogrupo depois das polémicas declarações do ministro holandês Jeroen Dijsselbloem sobre os parceiros europeus que pediram ajuda financeira.

Dijsselbloem disse a um jornal alemão que, apesar de considerar a solidariedade um valor importante, “não se pode gastar dinheiro em álcool e mulheres e, a seguir, pedir ajuda”.

Em entrevista à televisão norte-americana CNBC, Mário Centeno afirmou que a decisão será tomada no tempo certo, lembrando que há ainda muito a fazer em Portugal, mas não necessariamente por si.

ZAP // Lusa

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