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Costa devolveu a Marcelo o cheque para pagar voo no Falcon

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O Presidente da República assegurou que a viagem para ver o jogo da seleção ia ser paga do seu bolso mas um parecer do Governo recusou e já devolveu o cheque.

Quando, no início de julho, estalou a polémica sobre o facto do Presidente da República usar um avião da Força Aérea para se deslocar até Lyon, Marcelo Rebelo de Sousa resolveu rapidamente a questão.

Em causa estava uma viagem num Falcon para conseguir assistir ao jogo da meia final do Euro entre a seleção portuguesa e o País de Gales, que Marcelo garantiu que ia pagar do seu bolso.

Agora, segundo o Correio da Manhã, o Governo não aceitou o pagamento e mandou devolver o cheque ao chefe de Estado.

De acordo com o parecer pedido pelo Executivo a que o jornal teve acesso, a viagem em questão “constituiu um ato de representação do Estado português” e “a disponibilização dos meios das Forças Armadas para viagens de serviço cumprem uma missão de interesse público”.

O mesmo parecer acrescenta que “a participação da seleção nacional num campeonato internacional é uma atividade de interesse e natureza públicas”, cita o CM.

A deslocação entre Bragança, onde Marcelo se encontrava a participar no Portugal Próximo, e Lyon, cidade francesa onde se realizou o jogo, teve um encargo de 14 mil euros, cerca de 3.500 euros por hora.

Mas por estar em causa um órgão de soberania, neste caso em particular, o custo só tinha em conta o valor do combustível que seria de seis mil euros.

Na altura, a Presidência justificou o voo no Falcon por não haver outra forma de garantir que o chefe de Estado chegava a tempo do jogo, por causa da visita a Trás-os-Montes.

Além disso, a mesma fonte realçou que um voo comercial sairia mais caro por exigir a estadia em França, país onde se realizou o campeonato europeu de futebol e no qual Portugal se sagrou campeão.

ZAP

9 Comments

  1. A deslocação da representação nacional a um Campeonato do Mundo de Vela que decorre na Alemanha, fez-se numa “carrinha” e levando tudo o necessário (incluindo barcos).
    São só 6 mil kms..

  2. Por aquilo que eu percebi na altura, é que o Presidente ia pagar a parte que lhe dizia respeito num grupo de 10 passageiros. Estaremos a falar de u cheque de 600 euros. Ora nada se sabe se as restantes lapas desse voo se pagaram algo, ou se elas mesmas estão interessadas em que seja o Estado a pagar-lhes a mordomia. Se não havia disponibilidade de tempo para irem de voo comercial é fácil: não iam! Mas como quem pode usa a coisa publica sem despudor estamos agora nisto. Eu proponho o seguinte: se o presidente quer pagar do bolso, os outros passageiros também o devem fazer. Se o governo não aceita o dinheiro, reverta o mesmo para uma instituição de caridade.

    • concordo com o sr. alexandre. ja que nao aceitam o dinheiro, que seja entregue a uma instituiçao. devia ser o PR a fazer isso pessoalmente, assim tinhamos a certeza de que era entregue. acho mal dizer que “constituiu um ato de representação do Estado português”, se ele se lembrasse de ver os jogos todos da selecção também iam dizer a mesma coisa?

  3. Se o Presidente não fosse à final, caía-lhe o país em peso em cima. Como foi, discute-se se devia ir num vôo comercial ou num avião do estado… ou pagar do bolso dele…
    Afinal em que ficamos? O Presidente foi ou não foi REPRESENTAR Portugal???

    Até porque foi convidado pela presidência francesa.
    Poderia ter recusado o convite?
    Se o presidente francês não convidasse, iríamos todos cair-lhe em cima, ou não?

    E, por último, o Presidente NÃO é um cidadão comum. Tem de viajar sempre com segurança, não pode simplesmente “meter-se num avião e abalar”.

    Ou vocês julgam que quando o Sr. David Cameron vem de férias ao Algarve, anda por lá sozinho? Ele bem diz que viaja em vôos comerciais e não gasta nada ao erário público, mas enquanto cá está, são os nossos serviços especiais que lhe garantem a segurança assim que ele sai (e a família) do avião – gratuitamente para o estado britânico!
    Nós é que somos parvos a ‘aparar-lhe o jogo’ e a ficar com a despesa.

  4. Estamos cá NÓS para PAGAR O PATAU, QUALQUER TOSTÃO QUE DEVEMOS AO FISCO PAGAMOS C/JUROS, e estes senhores é tudo Ó GRANDE.

  5. Provavelmente quem lhe devolveu o cheque é que não queria ter de pagar também o seu próprio bilhete (e obrigar os amigos a pagar), por isso… “Vamos todos representar”. O que saiu melhor na foto foi o Marcelo, agora os outros…

    E para ser correcto, a pagar do próprio bolso, ao PR e a cada um dos 10 caberia (3500 * numero horas de voo) / 10.

    É que o custo da hora de voo dos aviões não é só o combustível, independentemente do que diz o tal regulamento dos “orgãos de soberania”…

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