Presidente da República explicou a Aguiar-Branco que só responde perante o povo e lembra que ainda muita gente vai ser ouvida.
A comissão parlamentar de inquérito sobre o caso das gémeas luso-brasileiras (Maitê e Lorena), que tiveram acesso ao medicamento mais caro do mundo, vai continuar depois das férias.
A mãe das crianças já foi ouvida, Lacerda Sales também, o filho de Marcelo Rebelo de Sousa também. Entre outros.
Obviamente uma audição importante seria com o próprio Marcelo Rebelo de Sousa – mas isso não vai acontecer para já.
O presidente da República falou com o presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco, sobre a notificação que recebeu para ir à comissão.
Começou por lembrar que só responde politicamente perante o povo, ou perante o Supremo Tribunal de Justiça, lê-se no site da Presidência.
Nesse contexto, reforçou que não responde politicamente pelo desempenho do seu mandato “perante qualquer órgão ou instituição pública”.
Por isso, “não se encontra obrigado a pronunciar-se a solicitação desses órgãos ou instituições públicas”.
Mas deixa uma porta aberta: vai esperar e depois decide se vai falar com os deputados sobre o processo.
“No caso vertente, sendo público que um número elevado de cidadãos irá ainda ser ouvido, o Presidente da República, que já se pronunciou publicamente sobre a temática em apreço, reserva a sua decisão quanto a nova pronúncia, para momento posterior a todos os testemunhos, por forma a ponderar se existe matéria que o justifique”, finaliza a carta (que até indica por engano que Marcelo já foi notificado em 2023).
O antigo primeiro-ministro António Costa e o antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva também foram convocados para depor nesta comissão parlamentar de inquérito.
Mais um que esta preparado para mentir quando for interrogado, muito cautelosamente…, espera pela hora certa para o fazer.