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Marcelo foi a Angola falar de amor aos empresários

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Estela Silva / Lusa

O Presidente da República marcou presença no Fórum Empresarial em Benguela para fazer um discurso motivacional aos empresários.

Deixando os números, o investimento, a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) de lado, Marcelo Rebelo de Sousa discursou, em Benguela, aos empresários portugueses e angolanos, falando de amor.

Não faltaram elogios ao Presidente João Lourenço, ao ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva e, sobretudo, ao primeiro-ministro António Costa. Marcelo não foi ortodoxo, até porque, tanto ele como João Lourenço concordam que as relações pessoais ajudam às relações diplomáticas que, por sua vez, impulsionam as económicas.

Ao Expresso, um casal de empresários portugueses na área das pedreiras confidenciou que o ambiente para os negócios é muito melhor quando há boas relações políticas. Mas não é política: para Marcelo, é amor.

“Eles não compreendem, eles, que eu encontro aqui e ali nalguns pontos do universo, nas visitas que fiz. E encontrei uma resposta, porque para compreender é preciso cometer e amar. Não se aprende a amar Angola nos manuais, como não se aprende a amar Portugal nos manuais. Ninguém ama em teoria, só se ama em concreto pessoas de carne e osso”, disse o Presidente português, no encerramento do Fórum Económico em Benguela.

Marcelo tinha um objetivo: mostrar que o reatar de relações entre Angola e Portugal em ano e meio era possível, contra aqueles que subestimaram e não acharam ser possível. E foi aqui que o Presidente direcionou elogios ao ministro dos Negócios Estrangeiros, a António Costa e aos ministros socialistas – sim, foi possível.

Mas só foi possível por causa do amor. “Para aqueles que tinham prognosticado que não nos dávamos bem, que tínhamos de esperar muito até ao reencontro das vontades entre os dois países, ficou claro que tinham subestimado Angola e Portugal. Angola é muito melhor do que tinham pensado, Portugal é muito melhor, e a nossa fraternidade também é muito melhor do que tinham pensado. Às vezes dou comigo a perguntar como é que eles não compreenderam.”

O conhecido Presidente dos afetos também não se esqueceu do elogio político. “Queria saudar todos aqueles que permitiram este dia histórico. Saudar o Presidente João Lourenço e os governantes do pais irmão, Angola, que no seu trabalho ao longo dos últimos meses permitiram este dia histórico.”

Depois da política, a economia. Marcelo Rebelo de Sousa frisou que os portugueses “conhecem a terra e conhecem as gentes, não prometem para daqui a anos. Sabem que cada minuto é essencial para Angola hoje”, num apelo ao investimento com o argumento de que Angola precisa urgentemente de recuperar a economia.

Além dos 30 acordos já firmados nos últimos seis meses, Marcelo aliou aquilo que considera ser aproveitar uma oportunidade ao mesmo tempo que se ajuda um amigo, de modo a criar um clima de confiança que se traduza num impulso económico.

Cansado, mas feliz, o Presidente da República voltou a dirigir-se aos que subestimaram o poder da relação fraterna para reatar as relações e, em jeito de despedida, atirou: “Enganaram-se, isto aconteceu e está a acontecer.”

LM, ZAP //

1 Comment

  1. “Angola precisa urgentemente de recuperar a economia”… há sim? e agora 44 anos depois de correrem dai os portugueses a tiro e pontapé é que esperam que sejamos nós a recuperar a vossa economia? acordaram tarde… desenrasquem-se com os russos, cubanos, chinocas e com os brazucas… esses é que são vossos amigos… não vos vão explorar nada… (nada pouco)… hahahahah

    PS: Vai para lá tu Marcelo… e da-lhes muitas beijocas minhas (daquelas em que esticas o bico todo). Mas cuidado leva um bom dinheirito pois se te der “alguma” tens de vir tratar-te ao “puto”… tuparioverina!!

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