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Presidenciais 2021. Marcelo deixou “conselho amigo” a André Ventura

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José Coelho / Lusa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República alertou o líder e deputado único do Chega para desistir de uma eventual candidatura às eleições presidenciais de 2021, uma vez que esta lhe traria “mais desvantagens do que vantagens”, avança o jornal Sol.

O aviso de Marcelo Rebelo de Sousa a André Ventura aconteceu durante a audiência que o Chefe de Estado concedeu aos representantes do Chega no passado dia 15 de dezembro.

Durante a reunião, apurou o jornal Sol, o Presidente da República deixou ao deputado único do Chega um “conselho de amigo”: disse-lhe para desistir da ideia, uma vez que esta iniciativa lhe traria “mais desvantagens do que vantagens”.

Neste encontro e apesar do aviso, escreve o mesmo jornal, o chefe de Estado ficou com a certeza que Ventura irá mesmo avançar.

De acordo com o Sol, um dos argumentos apresentados por Marcelo para sustentar o conselho passava pela possibilidade de André Ventura poder chegar a um resultado próximo dos 10% nas presidenciais, um resultado que o Chega dificilmente poderia repetir nas autárquicas, em outubro de 2021.

Estes números são apresentados pelo jornal tendo em conta um estudo de opinião.

Uma descida acentuada do eleitorado do Chega poderia ser vista como “um erro estratégico”, por criar a ideia de uma curva descendente irreversível para o novo partido.

Chega ainda não decidiu quem apoiará

Tal como recorda o jornal Sol, o Chega não escolheu ainda se vai apoiar algum candidato nas presidenciais de 2021. O Conselho Nacional do partido, inicialmente agendado para dezembro passado, foi adiado para 22 de janeiro, altura em que o partido devera tomar uma decisão sobre as próximas eleições.

“Vamos ouvir os conselhos nacionais sobre os nomes que estão em cima da mesa para serem apoiados e depois há de ser tomada uma decisão. Penso que o candidato do Chega deverá ser anunciado entre o final de janeiro e o início de fevereiro”, adiantou André Ventura, em declarações ao mesmo jornal.

O deputado único do Chega disse ainda que um eventual apoio ao atual Presidente da República implicaria a sua saída. “Isso implicaria a minha demissão. Respeitaria a decisão, porque os órgãos do partido são soberanos nesse aspeto, mas seria sinal de que não estaríamos em sintonia”, apontou.

Marcelo foi eleito em 2016, reunindo 52% dos votos dos portugueses e tornando-se no 20.º Presidente da República portuguesa, o 5.º desde o 25 de Abril de 1974.

As próximas eleições presidenciais realizam-se no próximo ano.

ZAP //

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