O Presidente da República não muda de opinião e continua a afirmar que os salários na Caixa Geral de Depósitos deviam ser mais contidos.
Em declarações ao jornal Público, Marcelo Rebelo de Sousa mantém a mesma posição que tinha quando promulgou a lei que permitiu salários mais elevados no banco público.
“Mantenho a mesma posição que tinha”, afirmou o Presidente da República, acrescentando que preferia ver mais “contenção” nesta questão da Caixa Geral de Depósitos.
Ao mesmo jornal, o Presidente disse não ter ainda informação do Governo sobre quanto vai ganhar Paulo Macedo e a sua equipa, estando a aguardar que a lista se complete e que seja aceite pelo BCE e pelo Sistema de Supervisão Única.
Nos últimos dias, uma fonte do Governo tinha avançado ao Público que o novo presidente da CGD vai manter o salário milionário do demissionário António Domingues, ou seja, cerca de 423 mil euros anuais.
O ex-ministro da Saúde vai começar a gestão do banco público com um prejuízo de três mil milhões de euros, segundo avançou ontem o semanário Expresso.
Macedo é “muito competente” mas isso “não é suficiente”
Passos Coelho considera que Paulo Macedo é “uma pessoa muito competente” para presidir à Caixa Geral de Depósitos, mas diz que tal “não é suficiente” para garantir o futuro do banco público.
“É um nome que nós conhecemos bem, eu em particular, porque foi meu ministro durante vários anos, uma pessoa muito competente e muito capaz e tive ocasião de lhe desejar o melhor mandato possível”, afirmou aos jornalistas, à chegada à Convenção Autárquica do PSD de Viseu.
Apesar de a competência de Macedo ser “importante para a Caixa Geral de Depósitos e para o país”, “isso não implica que seja passada uma esponja sobre o que se passou ao longo de todo este ano”, disse.
“E, só por si, não é suficiente para nos garantir que o futuro da Caixa está assegurado”, frisou ainda.
ZAP / Lusa