Na noite desta terça-feira – dia em que António Costa apresentou a demissão a Marcelo Rebelo de Sousa – o Presidente da República deu uma caminhada enigmática com uma comandante da Marinha, para lhe mostrar um local com um significado político bastante profundo – o Beco do Chão Salgado, em Belém.
Afinal, a enigmática caminhada noturna de Marcelo Rebelo de Sousa, esta terça-feira, na zona de Belém, parece ter tido um significado profundo.
Marcelo caminhou com uma comandante da Marinha até ao Beco do Chão Salgado e – como era expectável – os jornalistas foram atrás dele.
“Este é o local onde foram condenados à morte e executados os Távoras. Foi aqui, pelo Marquês de Pombal“, explicou o Chefe de Estado.
“Depois veio D. Maria que ergueu isto [obelisco] e mandou salgar o chão para aqui nunca mais haver habitações. Isto foi no fim do século XVIII… mas agora não só há habitações como restaurantes”, continuou.
“Por que nos trouxe até aqui?”, questionou um jornalista.
“Para mostrar à comandante que este obelisco representa o sítio onde foi feito o julgamento e a execução dos Távoras, no tempo do Marquês de Pombal, que tinham, alegadamente, tentado matar o rei D. José. Depois, a sucessora, a rainha D. Maria mandou salgar ali o chão, para não mais haver construções à volta. E o que é facto é que houve e tem crescido e até há aqui restaurantes bem conhecidos”, voltou Marcelo a explicar.
O Beco do Chão Salgado é um local com um significado político bastante profundo – que eterniza uma “lição de traição”.
O assassinato dos Távoras marcou e comoveu de tal forma a sociedade portuguesa que, passado um século, Portugal se tornou o primeiro país no Mundo a abolir a pena de morte, em 1867.
Afinal, que mensagem pretendia o presidente passar, ao levar a comandante (e os jornalistas) até um lugar com tanto simbolismo? Só ele saberá…
Marcelo Rebelo de Sousa decide o futuro político de Portugal na quinta-feira, após ouvir o Conselho de Estado nessa tarde e os partidos com assento parlamentar, esta quarta-feira.
Crise no Governo
-
26 Dezembro, 2023 Este Natal, Costa “esqueceu o país real”
Há muito que eu andava à espera desta queda com estrondo. Não com este estrondo enorme. Mas as coisas não podiam continuar. Isto não passa de um pântano como lhe chamaria Guterres, se estivesse no lugar do Costa.
O pântano vem ai, esperem para ver. Os esfomeados ou o trauliteiro, qual preferem?
Tudo bem organizado num momento menos bom para PR .
E o que esperam no futuro? Que venham uns bons rapazes ? Os que têm rabos de palha , mas que nunca mais se falou ?
Somos realmente quadrilheiros, ( dos que falam , mas pouco fazem) . Valha-nos o Altíssimo
Todos em conjunto, excepto as criaturas dos pântanos e os camaradas de caminhadas passadas.
O que é curioso é que, comparado com Pombal, Salazar era um cordeirinho, mas enquanto Salazar é figura maldita, Pombal tem a maior estátua existente no país, e não há cidade ou vila que não tenha uma rua, avenida ou praça com o nome do Marquês. Gostavam de saber porquê? É fácil de perceber. Pombal era maçon e Salazar não era… Duvidam? Pois vejam o nome da ponte sobre o Tejo em Vila Franca de Xira. Marechal Carmona, uma das figuras máximas do Estado Novo. Por que é que o nome ficou, quando o de Salazar desapareceu? Fácil. Carmona era maçon…É claro que eu não acredito em bruxas, mas…