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Marcelo aparece para “furar balões” (e evitar que rebente uma potencial crise)

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websummit / Flickr

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Em entrevista ao jornal Público, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, justificou as suas constantes movimentações públicas com a necessidade de estar junto das pessoas em tempo de pandemia e de tentar “furar balões”. O objetivo é evitar uma potencial crise.

Num tempo atípico, motivado pela pandemia de covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa justifica as suas constantes movimentações e presenças nas mais variadas situações com a necessidade de estar junto dos portugueses e, ao mesmo tempo, evitar conflitos governamentais que só teriam consequências negativas neste momento.

“Porque tenho, por vezes, de aparecer? Em parte, por causa justamente da pandemia – para estar junto das pessoas, sobretudo daquelas que se afligem ou se desnorteiam com este curso da crise e seus efeitos – “abre, fecha, abre, fecha”. Em segundo lugar, para tentar ‘furar balões'”, afirmou o Presidente da República, em entrevista ao Público.

E acrescentou: “Quando me apercebo que vai haver um balão que enche, configurando uma potencial crise, entendo que o melhor é intervir enquanto o balão é pequeno, a deixá-lo encher até rebentar.”

Como exemplo, tomou as negociações do Orçamento do Estado (OE). “Voltei a ter intervenções antes das negociações para tentar prevenir”, disse.

Questionado sobre se as trocas de declarações com António Costa seria uma espécie de rutura com o chefe do Governo (quando disse que “Quem nomeia o primeiro-ministro é o Presidente, não é o primeiro-ministro que nomeia o Presidente”), Marcelo respondeu que tentou “mostrar o contrário“.

“Daqui até 2023, não pode haver crises que afetem a execução e aplicação dos fundos europeus. O que implica um mínimo de estabilidade – eu diria mesmo que o ideal era o máximo de estabilidade! -, e, portanto, que não pode haver crises”, justificou.

“Somar uma crise política à crise pandémica e económica?”, questionou, em jeito de remate.

O chefe de Estado assumiu as diferenças entre os dois, “em maneiras de ser, em quadrantes políticos, em percursos de vida”.

Ainda assim, confessou que o seu primeiro mandato “correu melhor do que o imaginado em março de 2016”, uma vez que avançou para um cenário de um país acabado de sair de uma crise económica e com “uma incógnita sobre se a fórmula de Governo seria duradoura e se seria respeitado o caminho do reequilíbrio orçamental”.

A coabitação foi facilitada pela opção governativa de seguir o caminho da redução do défice e pela inesperadamente estável relação na base de sustentação do poder”, acrescentou.

Na mesma entrevista, Marcelo Rebelo de Sousa confessou estar cansado de toda a situação vivida no país, tal como os portugueses. Mas “o cansaço teve uma explicação física”: além de não ter tirado “férias significativas no ano passado”, somou-se a “campanha eleitoral” e o início do segundo mandato.

“Nunca parei ao longo deste tempo todo, meses e meses a fio. Felizmente, fisicamente sinto-me agora muito bem”, garantiu.

Além disso, “ninguém tira férias numa pandemia”.

Liliana Malainho, ZAP //

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5 Comments

  1. Este artista mete-se em todo lado. Transcende a função de Chefe de Estado. Chega a ser ridículo. É, provavelmente o pior dos 5 presidentes que tivemos.

  2. “ninguém tira férias numa pandemia”.

    Então o Ano passado no início da pandemia ele não estava de férias, por isso foi ajudar a salvar as meninas no barquinho de plástico que virou ali ao largo da costa. Fiquei agora esclarecido que o nosso PR estava na praia a fazer de auxiliar de nadador salvador.

    Já o Costa andava a fazer auditoria de qualidade aos pastéis de nata.

    Temos realmente governantes que se preocupam tanto com o país que nem para a praia sabem ir de férias, só vão em trabalho

  3. Sempre a tirar selfies com desconhecidos… e nunca apanha Covid. Muito estranho. Ainda insistem em afirmar que este desgraçado é um bom presidente? Oh, pá, enfiem-se num buraco!

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