Há mais 19 mortos em Portugal. Número de casos confirmados perto dos 6.000

Tiago Petinga / Lusa

Portugal registou, este domingo, mais 19 mortes devido ao surto de covid-19. O número de casos confirmados é de 5.962, mais 792 em relação aos números de sábado.

A Direção-Geral de Saúde revelou este domingo o boletim epidemiológico relativo à pandemia de covid-19. Os números oficiais dão conta de que há um total de 119 mortes em Portugal, mais 19 em comparação com o dia de ontem.

O número de pacientes recuperados mantém-se nas 43 pessoas. Em conferências de imprensa, a ministra da Saúde, Marta Temido, realçou que os números podem estar enviesados por atrasos temporais.

No número de mortos não está incluída a criança de 14 anos que morreu, na manhã deste domingo, no Hospital da Feira. O jovem era residente em Ovar e tinha dado entrada nas urgências do hospital no sábado, com sintomas graves compatíveis com a doença. O rapaz tinha psoríase, que pode debilitar o sistema imunitário e tornar a criança mais vulnerável ao novo coronavírus.

“Tomámos agora conhecimento do falecimento de um menino de 14 anos no Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira. Trata-se de um caso cuja causa de óbito está ainda em investigação. Esta, contudo, um doente de Covid-19 e é um caso que não está ainda refletido neste boletim”, realçou.

O número de casos confirmados subiu para os 5.962, o que constitui um aumento de 15% em relação ao dia anterior. Desses doentes, 138 estão nos cuidados intensivos dos hospitais, enquanto os restantes estão em casa sob observação. “Temos 89% de doentes em casa”, adiantou Temido.

Até ao momento, 5.508 pessoas aguardam resultado laboratorial. Em vigilância pelas autoridades de saúde estão 17.785 casos.

“Estamos com uma taxa de letalidade de 2%, portanto ligeiramente superior à última referida”, explicou Marta Temido, na conferência de imprensa deste domingo. “A taxa de letalidade das pessoas com mais de 70 anos está situada nos 8,1%”.

Marta Temido disse ainda que os dados vão sendo atualizados e que “o distanciamento social serve de pouco se o nosso comportamento não se disciplinar“.

“Neste domingo, a nossa preocupação central foca-se nas estruturas residenciais para idosos, sejam elas unidades de cuidados continuados integrados, pertencentes à rede nacional, sejam elas lares privados. É urgente que todos se preparem e respondam disciplinadamente perante um casos suspeito”, acrescentou.

Os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março e o país encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000. Dos casos de infeção, pelo menos 130.600 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.