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Maduro ativa “plano militar” para manter ordem interna na Venezuela

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Cristian Hernández / EPA

Agentes da Polícia Nacional Bolivariana em formação contra opositores em protestos pelo referendo na Venezuela

Agentes da Polícia Nacional Bolivariana em formação contra opositores em protestos pelo referendo na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na terça-feira que decidiu ativar o chamado “Plano Zamora”, que foi apresentado pela Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) para manter a ordem interna contra as supostas ameaças de golpe de Estado convocadas “desde Washington”.

“Perante este cenário, decidi ativar o plano estratégico especial cívico militar para garantir o funcionamento do nosso país, a sua segurança, a ordem interna e a integração social”, disse Nicolás Maduro.

O mandatário fez este anúncio desde o palácio presidencial de Miraflores, acompanhado pelo seu gabinete executivo e membros da FANB, e assinalou que irá ativar a “fase verde” do plano com “toda a estrutura militar, policial e civil do Estado venezuelano”, em defesa da ordem interna contra o suposto plano golpista.

“O Plano Zamora na sua primeira fase verde vai em defesa da ordem interna, em defesa da paz e para derrotar o golpe de Estado que foi chamado a partir de Washington“, disse Maduro, apontando que a suposta conspiração para um golpe de Estado é “destacada” pelo presidente do Parlamento, Julio Borges.

Maduro afirmou que ativou este plano pois vários órgãos de segurança estiveram a “desmantelar vários grupos” que faziam parte dessa organização golpista.

“No início da tarde capturámos um dos líderes do complô militar que estamos a desmantelar há três semanas. Ele já se encontra preso e, além disso, está a ser processado na jurisdição militar, responsável pelos golpistas civis e militares”, disse.

O presidente venezuelano acrescentou que o direito à “livre manifestação” está “totalmente garantido”, mas que “todos os direitos têm regras” e precisam de permissões, ressaltando que no dia 19 de abril, feriado na Venezuela em comemoração do primeiro ato da independência do país, é “uma data de patriotas e revolucionários”.

Por isso, segundo Maduro, a oposição pode fazer a sua manifestação no leste da capital, enquanto os “revolucionários” fazem-na no oeste, na “Caracas histórica”.

// Lusa

4 Comments

  1. É o fracasso da governação e das políticas da Mesa da Unidade Democrática (MUD) impostas aos cidadãos da República Bolivariana da Venezuela e rechaçada pelos mesmos, que geraram a crise económica, a supressão de medicamentos e bens essenciais bem como o condicionamento do seu respectivo abastecimento.

    Numa tentativa desesperada de impor o regime neoliberal, a Mesa da Unidade Democrática (MUD) viola e deturpa a Constituição da República Bolivariana da Venezuela, recusa-se a dialogar, e promove a violência armada nas ruas através de grupos de choque, terroristas, e organizações não-governamentais (ong’s) apoiados pela Inglaterra e os seus aliados através do suporte financeiro e militar dos Estados Unidos da América, para criar o clima de ingovernabilidade proporcionando as bases para lançar um ataque de Bandeira Falsa (False Flag) no país e justificar uma intervenção militar estrangeira.

    • Essa cassete que nos quer fazer engolir, é suposto fazer-nos esquecer que o que os cidadãos da República Bolivariana da Venezuela na realidade rechaçaram foi a catastrófica política de fome e pobreza do Nicolás Maduro, dando à tal Mesa da Unidade Democrática nas eleições de dezembro passado uma maioria qualificada de 2/3 (112/167) no parlamento venezuelano – a maior vitória de sempre em eleições legislativas na Venezuela? Que o Maduro protestou as votações e o melhor que conseguiu foi que um tribunal chavista retirou a essa maioria 3 (três!) deputados, deixando ainda assim no parlamento a mais larga maioria de sempre de uma força política? Que desde que o Maduro PERDEU ESMAGADORAMENTE as eleições é na realidade ele que está a atropelar a Constituição, tentando dissolver o tal parlamento eleito com uma ESMAGADORA maioria, em eleições livres e democráticas, há menos de 5 meses?
      Obviamente, os deputados apenas são “os soberanos representantes da vontade do povo” quando nos convém.

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