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Lobo d’Ávila será candidato à liderança do CDS (mas só se o partido escolher o seu caminho)

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(cv) YouTube / CDS TV

O ex-deputado Filipe Lobo d’Ávila, do grupo “Juntos pelo Futuro” do CDS, que estava “em reflexão” sobre uma eventual candidatura à liderança do partido, já chegou a uma conclusão.

Ao semanário Expresso, Filipe Lobo d’Ávila, um dos potenciais candidatos à sucessão de Assunção Cristas, assegurou que “a ponderação está concluída”.

A moção que está a preparar irá mesmo a votos e, se o partido reagir bem à moção, Lobo avançará: “Eu serei candidato se o caminho que propuser for o que o CDS escolher”.

O ex-deputado explico ao Expresso que fará depender a sua decisão da reação que o partido tiver às suas “ideias” e garante que estará disponível para “qualquer cenário”, inclusivamente uma candidatura à liderança.

Lobo d’Ávila esteve a atualizar a moção de estratégia global que já tinha apresentado nos dois últimos congressos do CDS, em 2016 e 2018, e em que o seu grupo trabalha há meses. Por outro lado, a ponderação sobre as circunstâncias pessoais e profissionais passou também por fatores como a auscultação do partido em Conselho Nacional e o acesso às contas do CDS, que foi pedido pelo Juntos pelo Futuro há semanas e que, concluiu, é grave mas não irrecuperável.

Assim sendo, a ponderação está terminada e a disponibilidade é total, faltando agora perceber como o partido verá uma moção que proporá “um caminho completamente diferente dos últimos anos”, adianta Lobo d’Ávila.

“A mudança não pode ser para baralhar e dar de novo”, defende, argumentando a favor tanto de uma “mudança de práticas” internas do partido como de uma “clarificação” da posição do CDS enquanto partido “de direita, sem qualquer complexo”, com uma mensagem mais clara e facilmente identificável pelo eleitorado.

A moção tem de ser entregue até 27 de dezembro, para levar a votos no congresso de 25 e 26 de janeiro. Até lá, não haverá acordos com outros candidatos ou pré-candidatos, pois, justifica, é preciso dar ao partido “a oportunidade de escolher” entre as várias alternativas. Neste momento, o ex-deputado está a recolher mais do que as 300 assinaturas necessárias para levar uma moção ao congresso.

O CDS obteve 4,25% nas eleições legislativas deste domingo, passando a sua representação parlamentar de 18 para cinco deputados. Os resultados levaram a líder centrista, Assunção Cristas, a deixar a liderança do partido. Logo no domingo, Filipe Lobo d’Ávila afirmou-se “em estado de choque” com os resultados do partido.

João Almeida e Filipe Lobo d’Ávila, dois dos nomes apontados para substituir Cristas na liderança do partido, apresentam uma moção de estratégia global ao Congresso, na qual pode vir uma candidatura à liderança. Pedro Mota Soares, outro nome apontado, diz que “não é candidato a nada”.

Adolfo Mesquita Nunes, depois de ter sido desafiado por António Pires de Lima a avançar para a sucessão de Assunção Cristas, anunciou que não será candidato à liderança do CDS.

Telmo Correia era outro dos nomes que alguns não descartava, devido à “experiência governativa” e por ser, a par de João Almeida, um dos cinco deputados eleitos este domingo. Porém, o deputado já anunciou que não se vai candidatar.

ZAP //

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2 Comments

  1. essa “filosofia das meras Ideias”; é coisa dos esquerdelhos. Para chegarem ao “Poder” , “inventam na Hora” o mais adequado para se “catupultarem rumo ao Poder”.
    É a politica do “Cata-Vento”.

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