/

Lince-ibérico morre atropelado três meses após ter sido libertado

4

Programa de Conservación Ex-situ del Lince Ibérico www.lynxexsitu.es / wikimedia

Exemplar de Lynx pardinus, o lince Ibérico

Olmo, um jovem lince ibérico libertado no Alentejo, morreu depois de ter sido atropelado na EN 122. O animal ainda foi sujeito a cirurgia, mas não sobreviveu.

Um macho de lince-ibérico, de um ano, que tinha sido libertado no Alentejo, morreu durante uma cirurgia a que foi submetido, depois de ter sido encontrado ferido com sinais de atropelamento numa estrada no Alentejo.

No dia 2 de maio, um macho de lince ibérico, de um ano, foi encontrado ferido e com sinais de atropelamento na Estrada Nacional (EN) 122, no concelho de Mértola, distrito de Beja. O jovem lince-ibérico Olmo ainda foi sujeito a operação cirúrgica, “acabando por não resistir com vida”, refere o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), num comunicado enviado à Lusa.

Segundo o ICNF, trata-se da terceira morte por atropelamento de exemplares de lince-ibérico libertados no Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG), no Alentejo, estando a taxa de sobrevivência da reintrodução da espécie em Portugal “estimada em 70%”.

Olmo tinha nascido, em março do ano passado, no Centro de Cría de Lince Ibérico Granadilla, em Espanha, e libertado, a 15 de fevereiro deste ano, perto de Mértola, durante o reforço do processo de reintrodução da espécie, no âmbito do projeto “Recuperação da Distribuição Histórica do Lince Ibérico (Lynx pardinus) em Espanha e Portugal”.

O lince foi encontrado na faixa de rodagem da EN 122, perto do cruzamento de Alcaria Ruiva, no concelho de Mértola, um local já conhecido pela mortalidade de fauna selvagem.

Olmo foi encontrado por um residente e proprietário de um restaurante em Mértola, que, “de imediato, deu sinal da ocorrência” ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e permaneceu junto do animal, que, entretanto, se deslocou até uma zona de mato adjacente à estrada.

A equipa de seguimento do ICNF deslocou-se ao local e, com apoio do SEPNA, capturou Olmo, que foi transportado para uma clínica veterinária especializada em intervenções ortopédicas em Loures, onde foi sujeito a uma cirurgia.

Olmo, que acabou por morrer durante a cirurgia, tinha lesões no fígado e no baço provocadas pelo embate do atropelamento, conforme confirmou a análise pós-morte realizada na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, refere o ICNF.

// Lusa

4 Comments

  1. Infelizmente há muito animal ao volante que, podendo desviar-se ou evitar o atropelamento, não o faz. Uma vez, um motorista que trabalhava para mim, gabou-se de ter atropelado um coelho bravo porque o colega que ia ao lado “gostava de petisco”. Despedi-o na hora e soube-me que nem petisco.

  2. Dos 4 gatos que já tive nesta casa apenas 1 conseguiu aprender a lidar com o trânsito da rua morrendo os outros 3 atropelados, e agora tem 3 anos. É uma percentagem de 25% de sucesso. Talvez pôr lombas nessa estrada negra no Alentejo.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.