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Líderes do Líbano terão sido alertados sobre explosivos no porto de Beirute em julho

O Presidente do Líbano, Michel Aoun, e o primeiro-ministro, Hassan Diab, terão sido alertados em julho sobre a existência de 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas no porto de Beirute, avançou a agência Reuters.

A agência Reuters revelou esta segunda-feira que os líderes do Líbano, nomeadamente o Presidente e o primeiro-ministro, tinham sido alertados em julho sobre a existência de 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas no porto de Beirute, de acordo com docuemntos e o testemunho de vários oficiais de segurança.

O relatório da Direção-Geral de Segurança do Estado libanesa sobre a explosão no porto de Beirute faz referência a uma carta enviada a 20 de julho ao Presidente Michel Aoun e ao primeiro-ministro Hassan Diab que, segundo um oficial sénior de segurança libanês, alertava para o perigo associado à permanência do material no local.

“Avisei-os que poderia destruir Beirute caso explodisse”, disse o oficial, em declarações à Reuters. “No final da investigação, o Procurador-Geral Oweidat preparou um relatório final que enviou às autoridades”.

As maiores preocupações dos oficiais prendiam-se com a possibilidade deste material ser roubado e utilizado em ataques terroristas.

As violentas explosões que sacudiram Beirute tiveram origem em materiais explosivos confiscados e armazenados, há vários anos, no porto da capital libanesa. O primeiro-ministro, Hassan Diab, revelou que 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito que explodiu.

A grande quantidade de nitrato de amónio terá sido confiscada a um navio, em 2013, que pertenceu a um cidadão russo que vivia no Chipre. O navio terá chegado à capital libanesa, enquanto viajava da Georgia para Moçambique, devido a problemas mecânicos.

As explosões criaram uma cratera com 43 metros de profundidade, segundo avaliações feitas por especialistas franceses em pirotecnia enviados para o local.

Na segunda-feira, o Governo do Líbano demitiu-se em bloco, na sequência das explosões que mataram pelo menos 150 pessoas e feriram mais de seis mil.

ZAP //

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