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Libertado mais um suspeito do atentado em Barcelona

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Andreu Dalmau / EPA

Mossos d’Esquadra patrulha as ruas de Barcelona após o atentado

O juiz da Audiência Nacional Fernando Andreu decretou, esta quinta-feira, a liberdade condicional de Salah El Karib, de 34 anos, um dos quatro suspeitos detidos depois dos atentados na Catalunha, informaram fontes judiciais.

Salah El Karib é o responsável do cibercafé a partir do qual foram comprados os bilhetes de avião para o imã de Ripoll, Abdelbaki Es Satty, implicado nos atentados.

O magistrado impôs como medidas cautelares a obrigação de comparecer todas as segundas-feiras perante um juiz, termo de residência e proibição de sair do território nacional.

Segundo as mesmas fontes, o juiz decidiu pela liberdade condicional depois de ter prolongado por algum tempo a detenção do suspeito e até ficarem esclarecidos alguns detalhes da investigação.

Fernando Andreu assinala no auto que os indícios recolhidos sobre Karib “não permitem, com a firmeza que o direito requer, a existência de elementos indiciários suficientemente sólidos para adotar uma medida com a gravidade e a excecionalidade da prisão preventiva”.

Na terça-feira, o juiz da Audiência Nacional espanhola decretou a prisão sem fiança de dois dos quatro detidos, depois de os ter ouvido durante todo o dia, e prolongado a detenção de Karib por mais 72 horas, para se esclarecer a sua participação nos factos com a realização de mais diligências.

Os dois detidos que permanecem em prisão são Mohammed Houli Chemlal, o presumível terrorista de 21 anos que ficou ferido na explosão da casa de Alcanar, a 16 de agosto, quando a célula preparava explosivos, e a Driss Oukabir, de 27 anos, que alugou a furgoneta usada para atropelar mais de uma centena de pessoas em Barcelona.

Finalmente, o juiz da Audiência Nacional [um tribunal superior espanhol que julga delitos de maior gravidade, como os casos de terrorismo e crime organizado, entre outros] deixou em liberdade condicional Mohamed Aallaa, de 27 anos, detido em Ripoll e irmão de Sadi Aallaa – abatido a tiro pela polícia catalã na estância balnear de Cambrils, onde ocorreu o segundo atentado, na madrugada de 18 de agosto.

A decisão sobre este último foi sustentada por “os indícios existentes sobre a sua presumível colaboração com o grupo investigado não serem suficientemente sólidos”, lê-se no documento citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Os atentados de dias 17 e 18 de agosto em Barcelona e Cambrils, na Catalunha, Espanha, causaram 15 mortos, incluindo duas mulheres portuguesas, e mais de cem feridos e foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

// Lusa

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