Laboratórios indicados negam ter sido contactados pela Comunidade Intermunicipal de Viseu

António Cotrim / Lusa

O secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo

Os laboratórios que a Comunidade Intermunicipal de Viseu diz ter contactado para realizar testes à covid-19 dizem nunca terem sido contactados.

De acordo com a edição desta quinta-feira do Observador, os dois laboratórios de análises clínicas que a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões diz ter contactado para pedir preços para a realização de testes à covid-19 negam ter sido contactados. Ao mesmo diário, fonte do Unilabs também nega ter recebido qualquer contacto.

João Paulo Rebelo, secretário de Estado do Desporto, admitiu ter sugerido a empresa de um ex-sócio para realizar testes à covid-19 em instituições de solidariedade na região centro, que, durante este período de combate à pandemia, está debaixo da sua coordenação.

O responsável garantiu, no entanto, que não havia qualquer “interesse económico” por trás da sugestão, até porque a ligação empresarial que tinha com o sócio havia sido quebrada há cinco anos e seria num ramo “que nada tem a ver com este setor de atividade”.

A polémica surgiu após a divulgação de um email de Almeida Henriques (PSD) enviado à CIM , no qual diz ter sido abordado pelo secretário de Estado no sentido de ser feita uma parceria com custos repartidos entre o Estado e as autarquias para fazer testes à covid-19 nas IPSS.

O email usaria o termo “potenciar o laboratório”, mas, ao Jornal de Notícias, esclareceu que se referia a “potenciar o número de testes na região”.

O secretário de Estado disse ainda que entre as sugestões estavam também “outros laboratórios privados que poderiam ser mobilizados nesta missão”.

Segundo João Paulo Rebelo, “foram consultados informalmente” pelo menos três laboratórios para concretizar os testes: Germano de Sousa, ALS e um laboratório do Unilabs. O primeiro cobraria 130 euros por teste, o segundo 60 euros e o terceiro 90 euros.

O ALS acabou por ser escolhido, com 35 euros a serem pago pela Administração Central e 25 pelas autarquias. Os outros dois laboratórios que a CIM Viseu Dão Lafões era suposto ter contactado afirmam nunca terem sido abordados.

ZAP //

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