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Kurt Volker, enviado especial norte-americano à Ucrânia, demite-se

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usembassykyiv / Flickr

Kurt Volker, emissário dos Estados Unidos para a Ucrânia

O ex-embaixador dos Estados Unidos na NATO, Kurt Volker, demitiu-se do cargo de enviado especial à Ucrânia. A notícia foi avançada pelo Washington Post.

Kurt Volker, emissário dos Estados Unidos para a Ucrânia, renunciou ao cargo esta sexta-feira, depois de ter sido convocado pelo Congresso para depor numa investigação que pode resultar na destituição do Presidente norte-americano, Donald Trump.

Uma fonte ligada ao processo, que pediu anonimato, confirmou a renúncia de Volker, que já tinha sido revelada pelo jornal estudantil da Universidade do Estado do Arizona, onde o diplomata dirige um instituto. Segundo a RTP, quando interrogado sobre o tema da Ucrânia, Kurt considerou ser um assunto sensível e ainda em desenvolvimento, e pouco mais adiantou.

Várias comissões do Congresso dos Estados Unidos que investigam os contactos do Presidente norte-americano com Kiev, para iniciar um julgamento político, requereram documentos ao secretário de Estado, Mike Pompeo.

As comissões também chamarão a depor durante as próximas duas semanas cinco funcionários do Departamento de Estado – equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros – com conhecimento dos factos que investigam, segundo um comunicado conjunto. Entre os citados figura Kurt Volker, a embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Marie Yovanovitch, que deporá a 2 de outubro, e o embaixador de Trump para a União Europeia, Gordon Sondland (dia 10).

Estas são as primeiras citações emitidas pelas comissões que, desde terça-feira, investigam os contactos entre Trump e Kiev para desencadear um processo político de destituição do Presidente dos Estados Unidos, uma ação ordenada pela presidente da Câmara Baixa, a democrata Nancy Pelosi.

Os Democratas consideram que Trump usou o seu cargo presidencial para pressionar Zelensky a prejudicar um adversário político, dizendo que isso se enquadra na tipologia de “crimes e delitos graves” que podem levar a um processo de destituição.

No epicentro do terramoto político encontra-se a chamada de 25 de julho na qual Trump pediu ao homólogo ucraniano, Vladimir Zelenski, que investigasse o ex-vice-presidente e pré-candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, e a família, por alegada corrupção na Ucrânia. Semanas depois do telefonema, Trump bloqueou uma transferência de cerca de 400 milhões de dólares (cerca de 365 milhões de euros) em ajuda militar a Kiev.

A chamada levou um funcionário – um agente da CIA, de acordo com o jornal New York Times -, a apresentar uma queixa interna que, após uma luta política entre o Congresso e o Governo, se tornou pública esta semana e provocou o início do processo para um julgamento político contra Donald Trump.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Desconfio que os próprios republicanos, começam a não suportar o cheiro do Trump, e não se importarão muito de ajudar a oposição a emborca-lo.

  2. Os Democratas já sabem que a destituição é a única possibilidade de evitar uma reeleição de Trump em 2020. O caso Rússia não pegou. Agora tentam com o caso Ucrânia. Duvido que tenham sucesso.
    E entretanto, está a ser empurrado para debaixo do tapete a corrupção do vice-presidente de Obama, Joe Biden, esse sim, que chantageou o presidente da Ucrânia com a retenção de fundos de ajuda (1 bilião $) até demitir o procurador Skokin que investigava a empresa do filho (de quem recebeu 3 milhões de dólares e mantém um salário mensal de 50 mil $. O próprio Biden, estupidamente, gabou-se disto em público. Está filmado! Para não falar da viagem de Biden com o filho Hunter Biden à China, de onde regressaram com 1 bilião de dólares para ‘investirem’ nos EUA. Imaginem só, imaginem… imaginem que estes casos tinham ocorrido com o Trump. Com outra pessoa… nem se ouve falar, não, isso não são notícias.
    Como isto anda, até me admira não eliminarem os meus comentários.

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