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Julian Assange acusado de 17 novos crimes nos EUA. Pode apanhar 170 anos de prisão

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espenmoe / Flickr

Julian Assange, fundador do WikiLeaks

Julian Assange foi acusado de 17 novos crimes por violar a Lei de Espionagem americana pela alegada participação na publicação, em 2010, de documentos militares e diplomáticos confidenciais, anunciou esta quinta-feira o Departamento de Justiça norte-americano.

O cofundador da WikiLeaks enfrenta ainda pedidos de extradição dos EUA e da Suécia. As novas acusações surgem menos de um mês depois de o mesmo Departamento de Justiça ter reaberto o processo contra Assange, após a revogação do exílio por parte da embaixada do Equador em Londres.

Os documentos divulgados por Assange foram providenciados pela ex-analista militar Chelsea Manning que foi condenada em 2013, escreve o The New York Times. Os procuradores federais alegam que Assange trabalhou com Manning para obter e disseminar informação confidencial.

O governo norte-americano afirma que o responsável pela WikiLeaks terá colocado em risco algumas das suas fontes com a publicação de documentos confidenciais em 2010.

Através da conta oficial de twitter, a WikiLeaks afirma que estas novas acusações violam os princípios expressos na primeira emenda da constituição americana, que regula a criação e aplicação de leis que possam afetar as liberdades de expressão e de imprensa.

Já Edward Snowden escreveu no Twitter que “o Departamento de Justiça acabou de declarar guerra” ao jornalismo. “Isto já não é sobre Julian Assange: este caso vai decidir o futuro dos media.” Caso seja condenado, Assange enfrenta um máximo de dez anos de prisão por cada uma das novas acusações.

Assange já antes tinha sito indiciado por um grande júri a propósito das suas ligações com Chelsea Manning, que partilhou centenas de milhares de registos de guerra e documentos diplomáticos confidenciais com a WikiLeaks. Caso fosse condenado, Assange enfrentaria uma pena máxima de cinco anos de prisão.

Há cerca de nove anos, o portal WikiLeaks, criado em 2006, divulgou documentos secretos do governo norte-americano. Em agosto de 2012, Julian Assange pediu asilo político na embaixada do Equador em Londres para não ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação, num caso entretanto arquivado.

ZAP //

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