A procuradoria sueca anunciou esta segunda-feira que vai emitir uma ordem de detenção de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que se encontra preso no Reino Unido.
“Eu vou emitir uma ordem de captura europeia”, disse a procuradora Eva-Marie Persson, acrescentando que a decisão foi tomada na sequência de uma deliberação de um tribunal de Copenhaga que considera Assange “suspeito de violação”.
O fundador da rede WikiLeaks esteve refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012, mas foi preso pelas autoridades britânicas no passado dia 11 de abril. O australiano de 46 anos enfrenta igualmente a extradição para os EUA, nomeadamente, pela difusão pública de informações militares secretas retiradas de um computador do Pentágono.
Assange está atualmente no Reino Unido a cumprir uma pena de 50 semanas de prisão por ter violado as condições da liberdade condicional, onde aguarda ainda a decisão sobre um pedido de extradição para os EUA.
Esses dados foram depois divulgados através da WikiLeaks, em parceria com órgãos de comunicação Na sua primeira audição em tribunal relativamente ao pedido de extradição, Assange declarou que se opõe ao pedido, alegando que não está a ser acusado por um crime mas sim por ter feito “jornalismo que já ganhou vários prémios”.
Eva-Marie Persson disse também que as autoridades do Reino Unido estão a deliberar se existe algum conflito jurídico entre o mandado de captura europeu e a questão da extradição para os EUA.
O caso da alegada violação de uma cidadã sueca que acusa Julian Assange foi relançado este mês pela Justiça de Copenhaga, depois de o fundador da rede WikiLeaks ter sido preso em Londres.
A decisão de reabrir a investigação na Suécia foi anunciada pela vice-diretora da Procuradoria, Eva-Marie Persson, numa conferência de imprensa. A investigação por um alegado crime de violação a uma mulher, em 2010, tinha sido abandonada em 2017.
ZAP // Lusa