Manuel de Almeida / Lusa

O presidente do PS, Carlos César
O presidente do PS considerou “forte e agregadora” a candidatura de José Luís Carneiro e remeteu o congresso para “o último trimestre do ano ou primeiro trimestre do próximo”. O até agora candidato único à liderança deixou garantias de “estabilidade política”, mas espera que a AD dê o primeiro passo.
Carlos César, que no final da Comissão Nacional do Partido Socialista deste sábado assumiu a liderança interina do partido com a saída de Pedro Nuno Santos do cargo de secretário-geral, falou aos jornalistas sobre a “larga maioria” com a qual foi aprovada a sua proposta de calendário eleitoral, ou seja, eleições direitas em 27 e 28 de junho.
“O que significa que o PS tem uma consciência muito apurada da necessidade de, nesta fase, reativar a sua liderança, torná-la legítima e efetiva, de modo a que o partido possa, em conjugação com os restantes órgãos que já se encontram eleitos, travar com sucesso estas próximas batalhas eleitorais que dizem respeito às autarquias locais”, enfatizou.
“Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro, ou pelo menos que o candidato assim mais forte, mais consolidado, mais conhecido, será o José Luís Carneiro”, notou Carlos César.
Depois de Duarte Cordeiro ter confirmado que não será candidato à liderança do PS, também Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva e Ana Catarina Mendes já anunciaram que não vão apresentar candidaturas, deixando o caminho livre para José Luís Carneiro.
Carneiro, que surpreendeu quando se posicionou como alternativa a Pedro Nuno Santos em 2023, conta agora com o apoio das maiores federações distritais, incluindo Porto, Braga e Coimbra. Até antigos rivais, como Manuel Pizarro, uniram-se em torno do seu nome.
A sua estratégia de preparação ao longo dos últimos anos revelou-se eficaz, tornando praticamente inviável qualquer candidatura alternativa.
O antigo Ministro da Administração Interna “é uma pessoa com provas dadas, como se sabe. É uma pessoa que conhece não só profundamente o partido como a sociedade portuguesa, como as diferentes áreas do poder”, salientou Carlos César.
Considerando que Carneiro é “a pessoa com o perfil necessário, com o perfil adequado”, o presidente do PS considerou que José Luís Carneiro, representará, sem dúvida, se for eleito, com muita dignidade e com muita eficiência o Partido Socialista”.
O novo líder terá então o “grande desafio de renovar essas suas provas positivas na liderança do PS”, salientou o presidente do PS.
“É um líder efetivo, que tem um mandato a cumprir. Naturalmente, esse mandato será depois complementado com a realização do Congresso e com as eleições para delegados ao Congresso, que ocorrerão, certamente, no último trimestre do ano ou no primeiro trimestre do próximo”, apontou.
Para Carlos César, “é natural que exista, se José Luís Carneiro ganhar, algum ajustamento em alguns órgãos nacionais, de forma a que ele tenha maior intimidade, maior cumplicidade com a equipa executiva que estiver com ele”.
O líder interino do PS não considera o congresso “uma urgência” e defendeu que este “se deve conjugar com uma reflexão mais continuada, mais pausada e, talvez, mais longa, que o Partido Socialista tem que fazer sobre a sua vida”.
Carneiro viabiliza governo da AD
No final reunião da Comissão Nacional do partido, José Luís Carneiro deixou a garantia de “estabilidade política”, comprometendo-se com uma “solução de unidade na diversidade”, contribuindo para a estabilidade do país, mas considerou que compete à AD dar “o primeiro passo” para iniciar o diálogo.
“Compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada e o PS, naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país. Foi isso que os cidadãos nos pediram durante o decurso da campanha eleitoral e é esse o compromisso que nós procuraremos garantir”, afirmou Carneiro aos jornalistas.
Segundo o até agora único candidato à liderança do PS, foi isso que os cidadãos pediram na campanha eleitoral e é esse o compromisso que vai procurar garantir.
Mas, para o candidato à liderança dos socialistas, “compete ao Governo, à AD, maioritariamente votada, dar, naturalmente, o primeiro passo para que esse diálogo se possa encetar”.
Apesar da garantia de estabilidade, José Luís Carneiro comprometeu-se a fazer uma “oposição firme, séria e responsável“, pressionando a que AD “se defina sobre com quem quer tratar as matérias de governabilidade”.
Em termos internos, deixou o compromisso de “garantir a construção de uma solução de unidade na diversidade”, lembrando que “há diferentes sensibilidades, formas de pensar diversas sobre o mundo, sobre as opções de política” dentro do PS.
“Naturalmente, há diferentes sensibilidades, formas de pensar diversas sobre o mundo, sobre as opções de política, e aquilo que eu garanti aos meus camaradas foi que só quem não quiser não estará nos órgãos de direção ou nas estruturas de responsabilidade do PS”, salientou.
ZAP // Lusa
e lá temos mais uma vez a “Coligação Encapotada” do PSD + PS. É assim há 50 Anos, os 2 cozinham a Sopa como querem.
A oposição não existe de facto, estão a fazer Nr. e falar para o Vento.
Para que Eleições? Oh pá entregue-se ao PS e PSD directamente e acaba-se com esta farsa de “Democracia”:
Já mete nojo a jogatina.