Jordi Sánchez renuncia à candidatura na Catalunha

Generalitat de Catalunya / Wikimedia

Jordi Sánchez com o ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont

O candidato independentista à presidência do Governo catalão, detido preventivamente, renunciou à candidatura, anunciou o presidente do Parlamento regional, esta quarta-feira, em Barcelona.

Jordi Sánchez informou-me que retira a sua candidatura à presidência, considerando que é o melhor serviço que pode dar ao país”, disse o presidente do Parlamento regional, Roger Torrent, numa conferência de imprensa.

O responsável anunciou também uma ronda de consultas com início na quinta-feira para “desbloquear definitivamente” o processo de escolha de um novo candidato à presidência regional.

Torrent recordou a dificuldade em investir este candidato, que está detido preventivamente, e denunciou o que considerou ser um “ataque aos seus direitos fundamentais”.

A renúncia de Sánchez abre o caminho a Jordi Turull, ex-conselheiro (ministro regional) e ex-porta-voz da Generalitat, que também pertence ao partido do ex-presidente Carles Puigdemont, o “Juntos pela Catalunha”.

Sánchez está a ser investigado por delitos de rebelião, sedição e peculato, assim como outros separatistas, no quadro do processo independência da Catalunha que terminou com a intervenção do Governo central espanhol.

Em 27 de outubro de 2017, Madrid decidiu intervir na Comunidade Autónoma, nomeadamente através da dissolução do parlamento regional, da destituição do executivo regional e da convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de dezembro último.

Este domingo, Puigdemont admitiu que, se pudesse voltar atrás, não teria suspendido a declaração de independência da Catalunha, dizendo-se enganado pelo Governo central.

“Há uma coisa que faria diferente. A 10 de outubro tínhamos previsto proclamar a independência, mas decidi suspender os seus efeitos para deixar aberta uma porta ao diálogo com o Governo espanhol. Foi o que me sugeriu Madrid”, disse Puigdemont em entrevista ao diário suíço Tribuna de Genebra.

Lamentavelmente, era uma armadilha, já que não houve nenhuma reação positiva por parte do Governo. Se pudesse voltar atrás não suspenderia a proclamação de independência”, acrescentou.

ZAP // Lusa

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