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Japão quer conjugar teletrabalho e férias para combater crise no turismo

O governo nipónico propôs esta segunda-feira aos japoneses uma solução original para responder à crise no turismo internacional e nacional: conjugar teletrabalho e férias.

A proposta foi avançada pelo ministro porta-voz do governo, Yoshihide Suga, quando se aproxima agosto, um mês tradicionalmente marcado pelas altas temperaturas no Japão durante o qual muitos japoneses aproveitam para tirar alguns dias de folga.

A ideia foi apresentada por Suga numa reunião oficial durante a qual se discutiram soluções para promover o turismo no Japão, quando a chegada de visitantes estrangeiros caiu 99,9% desde abril e as deslocações internas registam um declínio acentuado.

Na semana passada, o governo lançou uma campanha para promover o turismo interno, com subsídios para viagens e estadias em hotéis, aproveitando o último fim de semana alargado de quatro dias.

Os habitantes de Tóquio foram excluídos desta promoção oficial, para que não espalhem o novo coronavírus pelo resto do país, tendo em conta os altos níveis de infeção registados nos últimos dias.

De acordo com a emissora pública, a NHK, no referido encontro, Suga propôs a ideia de popularizar um novo estilo de trabalho e viagens, no qual as pessoas podem continuar a assegurar o trabalho enquanto desfrutam das estadias em resorts ou spas.

O mesmo responsável sugeriu ainda que as empresas criassem “escritórios satélites” nesses locais, geralmente destinados a descanso, num país conhecido pela “vício” dos seus habitantes pelo trabalho.

O Japão foi relativamente poupado pela pandemia com um pouco mais de 22.500 infetados e perto de 1.000 mortos desde o início da crise. As fronteiras do país continuam fechadas. O Japão recusa a entrada no seu território a não japoneses oriundos de mais de uma centena de país, incluindo os estrangeiros com residência permanente no seu território.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 648 mil mortos e infetou mais de 16,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

ZAP // Lusa

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