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“Bandeira vermelha”. Tóquio em alerta máximo após aumento de novas infeções

Roman Pilipey / EPA

A capital do Japão, Tóquio, com 14 milhões de habitantes, está no nível mais alto de alerta para o novo coronavírus após um aumento dos casos registados.

“Os especialistas disseram-nos que a situação das infeções está no nível 4 numa escala de quatro, o que significa que estas ‘parecem espalhar-se’”, declarou a governadora de Tóquio, Yurico Koike, durante uma reunião sobre a epidemia da covid-19.

Este alerta “vermelha” na imensa capital de 14 milhões de habitantes inserida numa megametrópole de cerca de 37 milhões, a mais populosa do mundo, não significa contudo que o município solicite o encerramento de lojas ou o adiamento de eventos.

Um painel de especialistas indicou hoje que a cidade regista um aumento do número de casos na população jovem, com contaminações constatadas nos estabelecimentos noturnos, mas também nos locais de trabalho e em família.

“A nossa análise é que somos forçados a constatar que se trata de uma bandeira vermelha, o nível mais alto se apenas olharmos para os números”, disse Norio Ohmagari, um dos peritos presentes na reunião.

O estado de emergência no Japão em abril-maio não levou a um confinamento como os ocorridos na Europa, dado que a lei não permite a utilização de métodos coercivos para induzir os habitantes a ficarem em casa.

O primeiro-ministro, Shinzo Abe, levantou o estado de emergência no final de maio e parece pouco inclinado a restabelecê-lo face a uma economia em recessão pela primeira vez desde 2015. Mas o número de novos casos diários tem aumentado, atingindo um recorde de 243 na última semana em Tóquio.

O Japão foi relativamente poupado pela pandemia com um pouco mais de 22.500 infetados e perto de 1.000 mortos desde o início da crise. Há três semanas que não ocorrem mortes ligadas à covid-19 na capital. As fronteiras do país continuam fechada. O Japão recusa a entrada no seu território a não japoneses oriundos de mais de uma centena de país, incluindo os estrangeiros com residência permanente no seu território.

No entanto, o país lançou uma campanha para encorajar o turismo interno, iniciativa que acordou receios de que o vírus se propague pelo arquipélago.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 574 mil mortos e infetou cerca 13,2 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

ZAP // Lusa

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