Itália já ultrapassou o número de mortes da China por Covid-19. Neste momento, o país regista o maior número de óbitos devido ao novo coronavírus (3405) e tem 33.190 casos positivos.
As autoridades italianas confirmaram o registo de 427 mortes nas últimas 24 horas, totalizando, até à data, 3405 vítimas mortais, mais do que as 3245 contabilizadas na China, onde o surto do novo coronavírus começou em dezembro de 2019.
Na conferência de imprensa diária da Proteção Civil italiana, o chefe do organismo, Angelo Borrelli, precisou que o país tem, neste momento, 33.190 casos positivos de infeção. Desde o início da crise, o país contabiliza 41.035 casos.
Segundo Borrelli, as pessoas admitidas em unidades hospitalares com sintomas são atualmente 15.757, mais do que as 14.363 registadas na quarta-feira. Neste momento, 2498 pessoas estão em unidades de cuidados intensivos (na quarta eram 2257). 4440 pessoas estão dadas como recuperadas.
China sem novos casos locais pelo 2.º dia consecutivo
A Comissão de Saúde da China disse que, até às 16h00 de quinta-feira, não foram detetados novos casos de contágio local em todo o território. É o segundo dia consecutivo. Porém, as autoridades continuam a identificar infetados oriundos do exterior, hoje 39.
Três pessoas morreram devido à doença nas últimas 24 horas, fixando o total de mortes na China continental em 3248.
No total, o número de infetados diagnosticados na China desde o início da pandemia é de 80.967, incluindo 71.150 pessoas que já receberam alta. O número de infetados ativos fixou-se nos 6569, entre os quais 2136 em estado grave.
A Coreia de Sul anunciou uma quarentena obrigatória para quem entrar no país proveniente da Europa, no mesmo dia em que registou 87 novos casos, uma descida relativamente a quarta-feira.
Até agora, a Coreia do Sul detetou 8652 casos, dos quais 6325 estão ativos, enquanto 2233 pessoas tiveram alta médica. Pelo menos 94 doentes morreram, disse o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas (KCDC) sul-coreano.
Espanha ultrapassa os 1000 mortos
O Ministério da Saúde anunciou, hoje, um total de 19.980 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 1002 mortes. Nas últimas 24 horas, Espanha registou 2833 novos casos de Covid-19, um aumento de 16,5% em relação a quinta-feira, e mais 235 mortes.
Segundo o diretor do Centro de Alertas e Emergências de Saúde daquele Ministério, Fernando Simón, 1141 pacientes estão internados em unidades de cuidados intensivos.
O país decretou, esta sexta-feira, o encerramento de todos os hotéis e similares, como alojamentos turísticos e outros locais para estadias curtas. O encerramento durará sete dias, renováveis após avaliação do estado da situação.
França regista 372 mortos e quase 11 mil casos
O diretor-geral da Saúde, Jérôme Salomon, anunciou que há 10.995 casos de Covid-19 confirmados e 372 mortos. Das quase 4500 pessoas que estão hospitalizadas, 1122 estão nos serviços de reanimação. No total dos pacientes hospitalizados, cerca de metade tem menos de 60 anos, mas só 6% dos mortos estão abaixo dessa idade. Há 1300 pessoas curadas.
Quanto ao cálculo destes números transmitidos diariamente, Salomon disse que França “tem um sistema muito sólido” que permite seguir a propagação do vírus, através do contacto com os hospitais, mas também com os médicos generalistas que seguem muitos casos que não são hospitalizados.
O diretor-geral da Saúde indicou ainda que desde o início desta crise sanitária, já foram realizados cerca de 50 mil testes no país. Em França, os testes são feitos a pessoas com sintomas que levem à hospitalização e população frágil como pessoas idosas ou com doenças crónicas.
Alemanha com mais 2958 casos num só dia
A Alemanha confirmou até hoje 13.957 casos de infeção, um aumento de 2958 desde o balanço do dia anterior, revelou o Instituto Robert Koch. Os dados oficiais indicam ainda que há 31 vítimas mortais, sendo o terceiro país com mais casos da Europa e o quinto mais afetado do mundo.
O Governo anunciou, no início da semana, um conjunto de medidas restritivas “sem precedentes”. Esta quinta-feira, a ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, convocou militares na reserva para ajudar a combater a propagação do novo coronavírus.
Número de mortes no Reino Unido sobe para 144
O número de mortes subiu para 144 no Reino Unido, de acordo com o balanço diário publicado ontem pelo Ministério da Saúde. Os dados indicam também que tinham sido identificados 3269 casos entre 64.581 pessoas testadas.
“Acredito que poderemos virar a maré nas próximas 12 semanas. E estou absolutamente confiante de que podemos eliminar o coronavírus neste país. Mas somente se dermos os passos que delineámos. E isso é vital, porque é assim que vamos reduzir o pico”, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, numa conferência de imprensa diária em Downing Street.
O Governo decretou o encerramento das escolas públicas em todo o país, a partir desta sexta-feira, e aconselhou as pessoas a não frequentarem bares ou restaurantes para evitar contactos sociais desnecessários. Determinou ainda um maior tempo de isolamento para agregados familiares com membros que tenham sintomas, de sete para 14 dias.
Mais de 65 mil médicos e enfermeiros inativos estão a ser mobilizados pelas autoridades para voltarem ao Serviço Nacional de Saúde (NHS) para ajudar a combater a pandemia do Covid-19.
Perante esta pandemia, muitos britânicos têm corrido aos supermercados, tal como tem acontecido noutros países, para se tentarem abastecer. Vídeos captados em vários locais mostram o nervosismo das pessoas, que chega a levar a uma “violência” desnecessária.
Países Baixos registam 18 mortes em apenas um dia
Os Países Baixos registaram, esta quinta-feira, 409 novos casos de infeção e 18 mortes, em relação a quarta-feira, apesar da recusa do Governo em decretar o isolamento da população.
Na última atualização efetuada, o número de casos positivos ascendeu para um total de 2460 infetados, tendo morrido até ao momento 76 pessoas, com idades compreendidas entre os 63 e os 95 anos. Do total de infetados, 594 são profissionais de saúde.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, visitou hoje uma loja de uma das maiores cadeias de supermercados do país, Albert Heijn, para tranquilizar e garantir que as prateleiras continuarão cheias.
Rutte lamentou que a sociedade tenha interpretado como objetivo final da sua estratégia a “imunidade de grupo”, assegurando que esta é apenas “um efeito secundário” da política holandesa, tentando distribuir os picos de contágio durante um período temporal maior, “enquanto se desenvolve a imunidade”, para que os hospitais não fiquem sobrelotados.
“Os Países Baixos já estão fechados em grande medida. Os cafés e os bares estão fechados e a utilização dos transportes públicos desceu. Em França, as pessoas continuam a ir trabalhar”, comparou.
Já a Associação Holandesa de Cuidados Intensivos anunciou hoje que prevê entre 500 a 1000 pacientes com Covid-19 nas unidades de cuidados intensivos de todo o país na próxima semana, especialmente na província de Brabante Setentrional, a mais afetada pelo vírus.
Irão já tem mais de 1400 mortos
As autoridades do Irão anunciaram 149 novas mortes devido à Covid-19, o que faz subir para 1433 o balanço oficial de mortos no Irão, um dos países mais afetados pelo novo coronavírus.
Segundo o vice-ministro da Saúde, Aliréza Raïssio, 1237 novos casos foram confirmados nas últimas 24 horas.
No total, 19.644 pessoas contraíram o vírus desde que as autoridades anunciaram a presença da doença no país, a 19 de fevereiro.
Brasil com seis mortos e 621 infetados
O número de mortes no Brasil aumentou para seis, com o país a registar 621 pessoas infetadas, informou o Ministério da Saúde brasileiro. Na quarta-feira, o Brasil tinha 11.278 casos suspeitos.
São Paulo continua a ser o estado brasileiro mais afetado, com quatro mortos e 286 casos confirmados. Segue-se o Rio de Janeiro, que registou hoje dois óbitos e 65 infetados. Dessa forma, o sudeste brasileiro tornou-se na região com mais casos confirmados, num total de 391 infetados. No lado oposto está a região norte, com oito casos positivos.
Praias, bares e restaurantes do estado do Rio de Janeiro vão fechar a partir deste sábado e pelo menos durante 15 dias, anunciou o governador Wilson Witzel. O decreto, publicado esta quinta-feira, prevê ainda a suspensão de ligações terrestres, marítimas e aéreas com qualquer outro estado brasileiro com “circulação do vírus confirmada”.
O governador também determinou a proibição da circulação de transportes públicos entre a capital do Rio de Janeiro e a restante região metropolitana do estado. A medida determina também a proibição de visitas aos principais pontos turísticos da cidade.
O decreto prevê ainda responsabilização criminal para quem desrespeitar estas determinações.
Na quinta-feira, o país anunciou o fecho de fronteiras, a partir da próxima segunda-feira, válido por um mês, para todos os passageiros de voos provenientes do Espaço Económico Europeu (União Europeia, Reino Unido, Islândia, Noruega e Suíça), China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Malásia, que não tenham residência no Brasil ou uma justificação profissional ou familiar para entrar no país.
O Brasil também já tinha decidido a proibição de entrada por terra de nacionais da Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru e Suriname.
Evolução “extremamente rápida” em África
Há dez dias, apenas cinco países tinham detetado infeções pelo novo coronavírus. Neste momento, já foram confirmados cerca de 650 casos em 34 países. A diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África disse que a pandemia está a ter uma “evolução extremamente rápida” no continente.
Cabo Verde, por exemplo, confirmou, hoje, o primeiro caso de Covid-19 no país, um turista de nacionalidade inglesa, de 62 anos, que se encontra “clinicamente estável”, segundo um comunicado do Ministério da Saúde.
Face ao risco da pandemia, desde quinta-feira, por decisão do Governo cabo-verdiano, e pelo menos até 9 de abril, estão proibidas as ligações aéreas oriundas de 26 países, incluindo Portugal e Brasil.
O Governo avançou ainda com um plano de contingência com fortes medidas de proteção e restrições, como o encerramento dos bares e restaurantes às 21h00, proibição de visitas a lares e aos centros onde estejam pessoas de terceira idade e aos estabelecimentos prisionais e às visitas aos hospitais e outros estabelecimentos de saúde.
O novo coronavírus infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9800 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia, cujo epicentro é atualmente a Europa.
ZAP // Lusa
Mortes oficiais… o regime chinês até é capaz “ressuscitar” alguns dos mortos só para ficar melhor na fotografia…
Simplesmente assustador, será que depois da crise irá haver capacidade de reflexão sobre tudo o que se passou e prepararem-se para outra pior?
Alguém (no seu perfeito juízo) acredita que a China tem menos mortos do que a Itália? Quantos milhares de mortos na China por efeito do coronavírus Covid19, esse País encobriu? Certamente que ocultou ao mundo, alguns milhares de mortos. Não acredito na “verdade” do governo chinês…
Alguém (no seu perfeito juízo), acredita que a Itália tem mais mortos do que a China? Acredito isso sim, de que o governo chinês ocultou ao mundo, alguns milhares de mortos…