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Luanda Leaks. Isabel dos Santos vai processar o consórcio de jornalistas

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Tiago Petinga / Lusa

A empresária angolana Isabel dos Santos

Depois de Rui Pinto ter assumido a autoria da divulgação dos documentos do caso Luanda Leaks, Isabel dos Santos avança que vai processar o consórcio de jornalistas.

A empresária angolana Isabel dos Santos vai processar o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ). A informação foi dada a conhecer num comunicado enviado à agência Reuters. Isabel dos Santos considera que os documentos divulgados através daquela organização foram obtidos criminosamente através de prataria informática.

A filha de José Eduardo dos Santos, antigo presidente de Angola, é o principal rosto das revelações do Luanda Leaks. No entanto, Isabel dos Santos argumenta que o objetivo da revelação destes documentos era criar uma “falsa narrativa” sobre os seus negócios e fortuna, noticia o Expresso.

Refuto as alegações infundadas e afirmações falsas e informo que tomei os passos necessários para processar o ICIJ e os seus parceiros”, lê-se no comunicado citado pela Reuters.

Na sequência da revelação dos mais de 715 mil documentos, Isabel dos Santos foi constituída arguida, em Angola, por suspeitas de má gestão e desvio de fundos enquanto liderou a petrolífera Sonangol.

A informação de que Isabel dos Santos pretende processar o consórcio de jornalistas surge no mesmo dia em que os advogados do hacker português Rui Pinto assumiram que é ele o responsável pela divulgação dos documentos que estão na origem do caso Luanda Leaks.

“Os advogados abaixo assinados declaram que o seu cliente, o Sr. Rui Pinto assume a responsabilidade de ter entregue, no final de 2018, à Plataforma de Proteção de Denunciantes na África (PPLAAF), um disco rígido contendo todos os dados relacionados com as recentes revelações sobre a fortuna de Isabel dos Santos, sua família e todos os indivíduos que podem estar envolvidos nas operações fraudulentas cometidas à custa do Estado angolano e, eventualmente, de outros países estrangeiros”, lê-se na nota divulgada.

O comunicado é assinado pelos dois advogados que representam o hacker português, Francisco Teixeira da Mota e William Bourdon.

ZAP //

1 Comment

  1. Se serviu para ilibar o Benfica também deve servir para si, ou estaremos mais claramente em presença de uma distinção por origens?

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