Os contribuintes com maiores dificuldades financeiros deverão beneficiar de uma redução no IRS a partir de 2018. É Mário Centeno, ministro das Finanças, quem o anuncia numa entrevista onde se diz “descansado” com o papel da supervisão no caso Montepio.
As declarações de Mário Centeno foram proferidas durante uma entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, onde falou brevemente da situação da Associação Mutualista Montepio Geral e, especificamente, da supervisão efectuada ao respectivo banco.
“Eu estou descansado em relação ao meu trabalho em relação a essas situações”, disse Centeno quando foi questionado sobre se está “descansado quanto ao futuro do Montepio”.
A entrevista foi feita antes de Tomás Correia, ex-presidente do Montepio e actual líder da Mutualista, ter sido constituído arguido numa investigação relacionada com a Operação Marquês, onde é suspeito de corrupção.
Confrontado com a venda do Novo Banco, que tem que concretizar-se até esta sexta-feira, 31 de Março, Centeno foi evasivo nos detalhes, mas sublinhou que o Fundo Lone Star, que está na frente para a aquisição da instituição, é credível.
O ministro das Finanças desmente também, a ideia de que o Estado vá ficar sem poder de decisão no banco. “Tendo 25%, não é verdade que não tenha responsabilidades sobre nada no Novo Banco”, atira Centeno, referindo-se à proposta do Lone Star que prevê que o Estado preserve uma parte da instituição e à alegada exigência de Bruxelas para que isso não significasse detenção de poder de decisão.
Centeno assegura ainda que “há uma enorme confiança no sistema financeiro nacional”.
E com a economia nacional a dar bons sinais, o ministro destaca que o governo está já a estudar “várias medidas fiscais” para implantar no próximo ano, remetendo para alterações a assinalar no Programa de Estabilidade que será revisto no próximo mês.
“Haverá uma dimensão orçamental para ajustarmos na fiscalidade directa e que terá como objectivo apoiar aqueles que, do ponto de vista fiscal, mais necessitam desse apoio”, destaca Centeno, abrindo a porta à redução do IRS para quem tem maiores dificuldades financeiras.
O governante diz também que espera que Portugal saia do Procedimento por Défice Excessivo, mas admite que “não se pode dar nada por garantido”.
Neste âmbito, Centeno defende a reavaliação do rating de Portugal, mas critica que há “um conservadorismo muito forte” das agências internacionais. “É um hiper-conservadorismo de quem se enganou muito no passado. Porque as agências de rating não deram pela chegada da crise em 2007-2008″, conclui o ministro.
Sempre a mesma coisa.
Impostos aumentaram brutalmente com criticas do PS, em Governo PSD.
Agora, com governo PS, a classe média vai continuar a pagar!
Depois admiram-se dos valores da emigração!
A classe politica cheira MAL!
Mas que eu saiba essas pessoas já estão isentas de irs, não???
remember me, please…..
Pois, parece que o IRS vai baixar para os que já não pagam IRS. É fantástico quando se faz um desconto a quem não paga nada. Ficamos bem vistos e arrecadamos o mesmo dinheiro! Inteligentíssimo!
Também mão sabemos quando e quanto vai baixar, mas isso devem ser só pormenores, o importante agora é passar uma boa imagem.
Do que eu desconfio é que esta suposta redução não deve dar sequer para compensar o brutal aumento de impostos regressivos (que atingem todos com o mesmo valor monetário absoluto, que é o mesmo que dizer que atingem muitíssimo mais os pobres que os ricos), tal como aconteceu com o imposto sobre os combustíveis. Para quem ainda não fez as contas, encher um depósito por vontade do PS/PCP e Bloco ficou para TODOS os portugueses quase 4€ mais caro, depois é só fazer as contas ao final do ano… É caso para dizer que este país é só para ricos…
Cuidado como essas afirmações!!
Não sei que contas fez, mas eu sou português em Portugal e continuo a abastecer ao mesmo preço!!