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Interesse do PSD “obriga todos” a remar na mesma direção

Estela Silva / Lusa

Nuno Morais Sarmento com Rui Rio

O vice-presidente social-democrata Nuno Morais Sarmento recusou esta terça-feira no Conselho Nacional do PSD um ambiente de divisão nas reuniões do partido, tal como os média têm descrito, frisando, contudo, que o interesse do partido “obriga” todos a remar na mesma direção. 

“O Conselho Nacional tem decorrido com normalidade, com diversidade, mas com a consciência por parte de todos que, a partir deste momento, o interesse do PSD nos obriga a remarmos, colocarmos todas as nossas forças numa única direção”, afirmou Morais Sarmento, em declarações aos jornalistas, a meio da reunião que decorre desde a noite desta terça-feira, em Setúbal.

Para o vice-presidente social-democrata, a realidade da reunião que decorreu “é (…) felizmente bem diferente” da que diz ler nos jornais e ver nas televisões sobre o que acontece nas reuniões internas do PSD. “Não é o que acontece, felizmente, nas reuniões do PSD”, acrescentou.

Na intervenção inicial, em parte audível fora da sala do Conselho Nacional, o presidente do PSD, Rui Rio, defendeu que “o tempo é o melhor aliado” da sua estratégia, que passa por apontar os verdadeiros erros do Governo e construir uma alternativa credível.

Perante os conselheiros, Rio admitiu que esta estratégia até poderá sofrer várias derrotas — “podemos perder à primeira, podemos perder à segunda, à terceira, à quarta, à quinta”, disse -, mas manifestou-se convicto de que um dia os portugueses “perceberão a diferença entre quem age assim e quem age de forma antagónica”, disse.

Esta terça-feira, e ao encontro das afirmações proferidas no Conselho Nacional, Rio afirmou que, atualmente, os líderes partidários são como “uma espécie de diretor comercial” que são substituídos quando “não conseguem vender o produto com sucesso”, perdendo, assim, eleições.

Questionado se o PSD dará esse tempo a Rui Rio, Morais Sarmento salientou que o foco são as eleições do próximo ano. “É para 2019 que estamos a trabalhar e é em 2019 que queremos ganhar”, disse o vice-presidente social-democrata.

Morais Sarmento salientou que, nas últimas eleições, também se atribuía a vitória ao PS, que acabou por não acontecer.

Questionado se a vitória nas próximas eleições legislativas não será decisiva para a continuidade de Rui Rio, Morais Sarmento respondeu invocando a máxima do fundador de Francisco Sá Carneiro, que primeiro está o país e só depois o PSD.

“Não é no momento da nossa vitória que estamos a pensar, é na maneira de melhor garantir nas próximas eleições aos portugueses que têm uma alternativa séria e com futuro”, assegurou o vice-presidente dos sociais democratas.

ZAP // Lusa

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