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Governo italiano admite ser “inevitável” que número de mortos em Génova aumente

Luca Zennaro / EPA

A queda ponte de Morandi, em Génova, fez 39 mortos

O Governo de Itália admitiu nesta quinta-feira que será “inevitável” que o número de mortos na sequência da queda de uma ponte na terça-feira em Génova aumente à medida que os trabalhos de resgate prosseguem no terreno.

O balanço mais recente das autoridades italianas dá conta de 39 mortos e 16 feridos, dos quais 12 estão em estado grave.

“Infelizmente, o número vai aumentar, é inevitável”, afirmou o vice-primeiro-ministro e ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, em declarações à comunicação social, numa altura em que as equipas de resgate continuam à procura de vítimas nos escombros da ponte Morandi.

Na terça-feira, cerca das 12:00 locais, um troço de cerca de 100 metros da ponte Morandi ruiu, fazendo com que dezenas de veículos caíssem de uma altura de 90 metros.

Nas mesmas declarações à imprensa, Matteo Salvini recusou avançar com um número concreto de pessoas que ainda permanecem desaparecidas, alegando que isso seria uma “suposição”.

Já o procurador da cidade italiana de Génova, Francesco Cozzi, admitiu que poderão existir 10 a 20 pessoas ainda soterradas nos escombros.

“As operações de busca e de resgate vão prosseguir até encontrarmos todas as pessoas que estão dadas como desaparecidas”, disse a porta-voz dos bombeiros de Génova, Sonia Noci, em declarações à agência norte-americana Associated Press.

As autoridades italianas estão a planear um funeral de Estado para todas as vítimas mortais, cerimónia que irá decorrer no sábado naquela cidade portuária no noroeste de Itália. Nesse mesmo dia será cumprido um dia de luto nacional.

O serviço religioso será realizado num pavilhão e será presidido pelo arcebispo de Génova, cardeal Angelo Bagnasco.

O Governo italiano declarou ainda “estado de emergência” por 12 meses em Génova e vai prestar um primeiro apoio de cinco milhões de euros. A Procuradoria de Génova abriu um inquérito por negligência e homicídio múltiplo, na sequência da queda da ponte.

Não foi uma fatalidade, foi erro humano“, disse o procurador principal de Génova, Francesco Cozzi, após uma visita à zona do viaduto que colapsou.

ZAP // Lusa

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