Novo Dispositivo Especial de Emergência Pré-Hospitalar vai funcionar até fevereiro e é um ” reforço de meios” para a época gripal.
O Ministério da Saúde anunciou que vai criar 100 novas equipas de bombeiros que vão ajudar a enfrentar a época de mais necessidade (com mais ocorrências de atividade gripal e vírus de outros tipo), entre 1 de dezembro e 28 de fevereiro.
Citado pelo Público, o Ministério da Saúde escreveu num comunicado a que o jornal teve acesso e que deverá ser publicado em breve no Diário da República que é “fundamental garantir a capacidade de resposta dos meios de socorro de emergência pré-hospitalar de forma a responder ao previsível acréscimo de emergências relacionadas com a gripe e outros vírus respiratórios”.
As equipas serão constituídas por uma ambulância e dois bombeiros cada uma (ou seja, 200 profissionais no total), e enquadram-se no Dispositivo Especial de Emergência Pré-Hospitalar. Querem ajudar a resolver “eventuais dificuldades operacionais acrescidas que se possam verificar em determinadas áreas geográficas”.
O Ministério quer ainda que seja possível manter “os níveis normais de tempo de resposta e reação à simultaneidade”, cita o Público.
As equipas vão agir em coordenação com a Liga dos Bombeiros de Portugal (LBP) e vão ter impacto “na atividade de emergência pré-hospitalar e no transporte secundário de doentes em sede de transferências inter-hospitalares urgentes, muito urgentes ou emergentes, por indicação do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)”.
António Nunes, presidente da LBP, disse ainda ao PÚBLICO que na próxima sexta-feira vai reunir com o presidente do INEM para “discutir os critérios de seleção dos locais onde serão necessárias” as equipas, de acordo com “dados estatísticos”.
“A experiência diz-nos que durante o período gripal há um maior acesso às urgências. Isso traduz-se, normalmente, em maiores tempos de espera e sempre que são mobilizadas ambulâncias, muitas vezes não são libertadas tão cedo como seria desejável”, acrescenta.
Aponta também duas soluções para este problema: a criação de postos de triagem nos hospitais dedicados aos doentes levados por ambulância e aumentar a oferta de ambulâncias.
Os bombeiros das novas equipas deverão receber 4,78 euros à hora, adiante António Nunes — o equivalente ao valor hora do ordenado mínimo nacional.
O sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar, de várias associações destes profissionais e o presidente em regime de substituição do INEM, Sérgio Janeiro, serão hoje ouvidos na Assembleia da República.
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