O número de novas infeções pelo coronavírus dispararam na Índia, com a falta de preparação do Governo e a forma como a pandemia tem sido gerida apontadas como causas para a subida dos casos e do número de mortes.
Além disso, como noticiou esta quinta-feira o Expresso, foi descoberta no país uma nova variante do vírus, com uma “dupla mutação” e considerada muito mais transmissível do que as já conhecidas. Esta variante, a B.1.617, tem duas proteínas “spike” (existem na superfície do vírus e são cruciais para a fixação viral e a sua entrada na célula hospedeira).
A Índia registou mais dois mil óbitos e quase 300 mil casos em 24 horas, com os serviços de saúde em rutura e falta de oxigénio nos hospitais. Na segunda-feira, o Governo indiano decretou o confinamento na capital, Deli, por uma semana.
De acordo com o Expresso, a falta de preparação do Governo e dos hospitais; o alívio das restrições de uma forma demasiada rápida; a resistência do primeiro-ministro, Narendra Modi, em impor novas medidas a nível nacional e a realização de comícios e de festivais hindu são os fatores apontados como a causa para a atual situação no país.
Foram entregues cerca de 100 milhões de doses e, na semana passada, o Governo anunciou que restam menos de 27 milhões de doses. Para resolver a falta de abastecimento, as farmacêuticas do país, que é o maior produtor de vacinas do mundo, devem começar a reservar uma parte significativa da produção para uso interno.
Itália com 14 mil infetados em vésperas de reaberturas
A Itália registou 13.844 contágios pelo coronavírus nas últimas 24 horas, o maior aumento da semana, divulgaram na quarta feira as autoridades italianas, a cinco dias do país iniciar uma reabertura parcial de alguns sectores de atividade, avançou a agência Lusa.
Com o registo destes novos contágios, o país totaliza, até à data, 3.904.899 casos de pessoas que ficaram infetadas. O país teve 364 óbitos nas últimas 24 horas, elevando a 117.997 o total de mortes desde o início da pandemia.
Há de momento 475.635 casos ativos de covid-19 em Itália, na grande maioria a recuperar nas respetivas casas, com sintomas ligeiros ou assintomáticos. O país tem 25.860 doentes internados, dos quais 3.076 em unidades de cuidados intensivos.
É com estes indicadores que o país iniciará na próxima segunda-feira, 26 de abril, uma reabertura parcial de alguns setores de atividade, como a restauração e a cultura, que têm estado encerrados. O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, reuniu-se na quarta-feira com o Conselho de Ministros para aprovar um decreto relativo às reaberturas.
Os cinemas, teatros ou salas de espetáculos, encerrados desde outubro, têm autorização para retomar a atividade, mas com uma capacidade reduzida. Já os restaurantes e os bares também têm autorização para abrir portas, mas só os estabelecimentos que tenham espaços ao ar livre, como esplanadas, e só durante o período noturno.
As medidas governamentais também preveem um documento que vai permitir as deslocações entre regiões.
EUA atingem 200 milhões de vacinas tomadas
Os Estados Unidos (EUA) alcançarão já esta semana a meta estabelecida pelo Presidente Joe Biden de administrar 200 milhões de doses de vacina contra a covid-19 nos primeiros 100 dias da presidência, anunciou a Casa Branca. A meta será alcançada mais cedo do que o inicialmente anunciado, já que o 100.º dia do mandato é no final da próxima semana.
Os EUA, país que registou o maior número de mortes causadas pela pandemia de covid-19, realizaram uma campanha de vacinação eficaz, à frente de alguns países europeus e do vizinho Canadá. Quando assumiu o cargo de Presidente, Biden prometeu administrar 100 milhões de doses da vacina nos seus primeiros 100 dias.
A 25 de março, quando o país estava bem à frente das suas metas, o Presidente duplicou esse número, fixando-o em 200 milhões. “Eu sei que é ambicioso, o dobro do nosso objetivo original. Mas nenhum outro país do mundo está perto do que estamos a fazer”, afirmou Biden.
De acordo com o plano do Governo de Biden, todos os adultos norte-americanos são elegíveis para vacinação desde 19 de abril. O aumento no número de casos de covid-19 em algumas partes do país, principalmente no estado de Michigan, está a arrefecer o clima de entusiasmo na Casa Branca sobre a luta contra a pandemia.
Ainda assim, o número de óbitos continua a descer a nível nacional, graças à vacinação dos idosos e à melhoria na prestação de serviços hospitalares.
Japão vai declarar estado de emergência em Tóquio
O governo japonês está a preparar-se para anunciar um terceiro estado de emergência em Tóquio e a área metropolitana ocidental ao redor de Osaka, após líderes locais indicarem que as medidas atuais são insuficientes para conter infeções de covid-19.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, e outros membros do governo reuniram-se na quarta-feira para discutir detalhes antes de decidir sobre o estado de emergência para Tóquio, Osaka, Kyoto e Hyogo previsto para o final desta semana.
O governador de Osaka – que no último dia teve 1.242 novos casos, um novo recorde – considerou que o foco atual de horários mais curtos em bares e restaurantes não é eficaz e solicitou um estado de emergência que lhe permitiria impôr medidas mais duras, incluindo o encerramento de comércios.
As medidas atuais começaram a 05 de abril em Osaka e desde então foram expandidas para 10 áreas, incluindo Tóquio, até ao início de maio, mas os pedidos de estado de emergência ressaltam o fracasso das imposições que o governo promoveu como alternativa com menos danos económicos.
Coronavírus / Covid-19
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“Os EUA … realizaram uma campanha de vacinação eficaz, à frente de alguns países europeus”
Alguns? Ou todos? O único país Europeu que se aproxima é o RU, que tem maior % de pessoas vacinadas com 1 dose, mas substancialmente menos com as 2 doses.