A agência de ‘rating’ Moody’s disse hoje que o ‘chumbo’ do Orçamento do Estado de 2022 cria impasse político que é negativo para o crédito de Portugal e aumenta a incerteza sobre os investimentos dos fundos europeus.
Numa análise hoje divulgada, a Moody’s considerou, face a dados que indicam que as eleições legislativas antecipadas serão inconclusivas, que essa incerteza é “negativa para o crédito” de Portugal e que o possível impasse político cria riscos de o Governo não cumprir as metas acordadas, o que pode impedir o desembolso dos fundos do plano de recuperação da União Europeia.
A agência de ‘rating’ lembra que “esses fundos europeus são cruciais para o crescimento económico de Portugal”.
Já se algum partido conseguir a maioria do parlamento nas eleições legislativas, diz a Moody’s que isso seria positivo para a nota de crédito de Portugal pois retiraria o risco de incerteza política.
Contudo, avisa, se um novo Governo quiser voltar a redefinir o uso dos fundos europeus, tal implica nova aprovação pelo Conselho Europeu e conduzirá a atrasos significativos nos desembolsos financeiros.
Enquanto não houver um novo orçamento, o ano de 2022 decorrerá com o orçamento de 2021 em vigor (em duodécimos), o que diz a Moody’s que não é problemático para a meta do défice orçamental, uma vez que as medidas para mitigar o impacto da pandemia da covid-19 (que têm impacto na despesa) têm vindo a ser retiradas de forma faseada.
Na semana passada, a proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2022 foi ‘chumbada‘ com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL, devendo agora seguir-se eleições legislativas antecipadas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falará ao país na quinta-feira, depois de ouvido o Conselho de Estado, sobre a dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições.
Marcelo Rebelo de Sousa já recebeu os partidos em Belém sobre este tema. Sete dos nove partidos com representação parlamentar apontaram a data de 16 de janeiro como a mais indicada para a realização de eleições legislativas antecipadas, incluindo PS e PSD.
Juros da dívida sobem a dois, a cinco e a 10 anos
Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a subir a dois, a cinco e a 10 anos em relação a sexta-feira, alinhados com os de Espanha, Grécia e Itália.
Às 10:15 em Lisboa, os juros a 10 anos avançavam para 0,522%, contra 0,459% de sexta-feira. O mínimo de sempre, de -0,059%, foi verificado em 15 de dezembro de 2020.
Os juros a cinco também subiam, para -0,166%, contra -0,243% de sexta-feira. O mínimo de sempre, de -0,506%, aconteceu em 15 de dezembro de 2020.
No mesmo sentido, os juros a dois anos avançavam para -0,555%, contra -0,628% de sexta-feira. O mínimo de sempre, de -0,774%, foi registado em 11 de outubro.
Prestação da casa paga ao banco desce ligeiramente
A prestação paga ao banco pelo crédito à habitação desceu ligeiramente este mês de novembro nos contratos indexados à Euribor a seis meses e a três meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco / Dinheiro&Direitos.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, passou a pagar a partir deste mês 447,01 euros, o que se traduz em menos 0,72 euros face à última revisão (maio).
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 445,50 euros, menos 0,33 euros do que pagava desde agosto.
Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de outubro, tendo sido a seis meses de -0,527% e a três meses de -0,550%.
No final de setembro, acabou a grande maioria das moratórias do crédito, que nas famílias eram importantes sobretudo para o crédito à habitação.
As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.
ZAP // Lusa
Quem é esta Moody’s?
O Marques Mendes das Américas??
….
Não sei se és mesmo ignorante, ou estás a tentar fazer uma piada.
Imaginado que é o primeiro caso, eu explico-te.
A Moody’s é uma das três agências de rating que determina se Portugal tem melhores ou piores condições de pagar os seus calotes – o que às vezes, quando a vida nos corre mal (mais ou menos ao fim de cada 6 anos de governo socialista) se mostra dramaticamente importante.
Portanto, não importa nada se tu acreditas nas previsões das agências de rating — nem importa se elas acabam ou não por se concretizar.
O que importa, é se os mercados acreditam.
Capisce?
Marques Mendes; és tu?!
Então essa Moody’s também faz previsões… e é mais uma daquelas que falhou completamente na crise de 2008 (enquanto atribuía um rating de AAA ao Lehman Brothers)!…
Que previsões… quase tão importantes como as do M. Mendes!…
O que seria do mundo sem elas…
Olha que lindo:
“Moody’s to pay $864 million for pre-2008 ratings deception”
Ratings agency Moody’s has agreed to a settlement payout with US authorities over mortgage securities fraud that contributed to the 2008 financial crisis. The agreement follows an investigation lasting several years.
DW, 14.01.2017
Eu sei que tu tens uma tara pelo Marques Mendes, mas não, não sou.
Vou explicar-te outra vez, mas com menos palavras.
“Não importa se as previsões se concretizam”, importa se os mercados acreditam – e se as seguem (ao fim de cada 6 anos de governo socialista).
Pois… sorry Marques Mendes, sorry Eu!, as (patetas) previsões das agências de rating importam.
Capisce, ou ainda não capisce?
Se tu o dizes…