Os hospitais da região Centro estão com uma taxa de ocupação de 96% em enfermaria para doentes infetados com covid-19 e de 88% em cuidados intensivos, informou hoje a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
“Nos hospitais da região dispomos de 1.343 camas ativas de enfermaria Covid e 147 de Unidades de Cuidados Intensivos Covid, com uma taxa de ocupação de, respetivamente, 96% e 88%”, refere aquele organismo em comunicado enviado à agência Lusa.
A fonte acrescenta, segundo dados contabilizados às 23h59 de domingo, que abriram mais oito camas em enfermaria e mais três em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) Covid.
A informação esclarece que estão internados 1.412 doentes com covid-19 (+35 face ao dia anterior), encontrando-se 1.283 internados em enfermaria (+29) e 129 em UCI (+6), dos quais 93 ventilados (mais um caso em relação ao dia de sábado).
Segundo a ARSC, registaram-se 29 altas em enfermaria Covid e quatro altas de doentes internados em UCI Covid.
Ocorreram 87 admissões de doentes infetados com o coronavírus e foram registados 27 óbitos em meio hospitalar, de acordo com os dados disponibilizados por aquele organismo.
Litoral Alentejano com taxa de ocupação de 90%
O Hospital do Litoral Alentejano (Setúbal) está com uma taxa de ocupação de 90% nos serviços de enfermaria para doentes infetados com covid-19 e de 70% em cuidados intensivos, revelou hoje a presidente do conselho de administração.
Em declarações à agência Lusa, a presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Catarina Filipe, explicou que, até ao momento, foram criadas “50 camas dedicadas ao internamento covid” no Hospital do Litoral Alentejano (HLA), que se encontra com “uma taxa de ocupação de cerca de 90%” nos serviços de enfermaria covid.
Neste momento, indicou, “estão internados 45 doentes nos serviços covid” e “sete pessoas nos cuidados intensivos” do HLA, que abrange os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira (Beja).
A medicina intensiva do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, que serve uma população de cerca de 100 mil habitantes, conta “com dez camas” dedicadas aos cuidados intensivos covid”, o que corresponde a “uma taxa de ocupação de 70%”.
Destas dez camas de cuidados intensivos existem apenas “três vagas”, referiu a responsável que mostrou preocupação perante os números elevados da taxa de ocupação.
“Ainda temos capacidade para aumentar mais camas, a curto prazo, e, eventualmente, podemos transformar outro serviço em internamento covid”, avançou a administradora, alertando para a “falta de recursos humanos” que já obrigou “a suspender a atividade não urgente, no que respeita às cirurgias”.
De acordo com Catarina Filipe, foram “reforçadas as equipas com a colaboração de enfermeiros de outras áreas que, na primeira vaga da pandemia, tinham sido mobilizados. Isto não significa que, havendo necessidade de abrir mais camas, não tenhamos de ir buscar enfermeiros a outras áreas”.
As equipas “estão muito cansadas porque, de um momento para o outro, houve um aumento de internamentos e o tipo de doentes é diferente. Se durante a primeira vaga tivemos poucos doentes internados, agora são utentes mais novos que necessitam de maior vigilância médica e de enfermagem”, adiantou.
A mortalidade em ambiente hospitalar também aumentou, “entre doentes covid e não covid”, tendo sido instalada uma câmara frigorífica para acondicionamento dos corpos dos utentes falecidos, de modo a reforçar a capacidade do Instituto de Medicina Legal (IML).
“A semana passada tivemos alguns óbitos e, como a capacidade instalada na nossa medicina legal, em termos de câmaras frigoríficas, não é muito grande, achámos ser prudente pedir uma câmara que foi instalada na última quarta-feira”, acrescentou.
A responsável esclarece que o contentor frigorífico, de 12 metros, foi colocado nesta instituição “não pela necessidade urgente de ter uma câmara frigorífica tão grande, mas porque o IML tinha apenas as maiores disponíveis”.
Aveiro com sete doentes em UCI e 157 em enfermaria
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), que agrega os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja, tem esta segunda-feira sete doentes infetados com SARS-CoV-2 na Unidade de Cuidados Intensivos e 157 em enfermaria, divulgou a instituição.
De acordo com o ponto de situação da administração hospitalar, referente à manhã de segunda-feira, desses sete doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos, quatro têm entre os 60 e 69 anos, sendo que três são do sexo masculino e um do sexo feminino.
A administração do CHBV informou ainda que, no sábado e no domingo, foram realizados 210 testes à covid-19 e 31 tiveram resultado positivo.
Na sexta-feira, o conselho de administração do CHBV revelou que tinha 103 profissionais de saúde infetados com covid-19
“São, neste momento, 103 os profissionais infetados ativos, sendo que, destes, 57 são enfermeiros, 35 assistentes operacionais, sete médicos e os restantes quatro de outras categorias profissionais”, descreveu.
No mesmo dia, estavam 147 doentes internados em enfermaria e nove internados na Unidade de Cuidados Intensivos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 10.469 pessoas dos 636.190 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
ZAP // Lusa
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