As autoridades de Hong Kong informaram esta segunda-feira que quase meio milhão de pessoas registaram-se para um programa gratuito de testes ao novo coronavírus, que deverá começar na terça-feira.
Os residentes que se registaram online já fizeram a reserva em 80 locais de testes em ginásios e centros comunitários, de acordo com o site do Governo.
Hong Kong lançou o programa de massificação de testes gratuitos num esforço para localizar os contágios que têm vindo a aumentar consistentemente, apesar do rigoroso distanciamento social e outras medidas impostas à cidade densamente povoada de 7,5 milhões de habitantes.
Todos os que desejem ser testados podem fazê-lo sem qualquer custo.
Hong Kong relatou no domingo mais 15 casos e uma morte por covid-19, elevando o total para 4.801 casos e 88 mortos.
No final de julho, a chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, pediu à população para ficar em casa e avisa que Hong Kong “está à beira de um surto comunitário em larga escala”.
Na semana passada, um homem de 33 anos natural de Hong Kong fo identificado como o primeiro caso oficial de reinfeção pelo novo coronavírus no mundo. O doente teve alta após ter sido declarado curado da doença covid-19 em abril passado, mas no início deste mês o homem voltou a testar novamente positivo depois de ter regressado de uma viagem a Espanha.
Hong Kong foi um dos primeiros locais a ser afetado com a propagação do vírus, mas conseguiu controlar o surto com várias medidas restritivas, como o uso de máscaras e um forte sistema de rastreamento.
Durante semanas, o território não registou casos, mas com as medidas de desconfinamento começaram a surgir novas infeções na comunidade. O aumento de casos levou o executivo a adotar um novo conjunto de medidas restritivas para travar a propagação do novo coronavírus no território.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 846 mil mortos e infetou mais de 25 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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