A chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, alertou que o sistema de saúde do território autónomo pode “colapsar” com o aumento de casos na região.
Se há menos de um mês Hong Kong registava menos de 10 casos por dia, agora, o território depara-se com mais de 100 infeções por dia. O aumento de caso pode levar o sistema de saúde a sofrer um “colapso”, o que pode significar a perda de vidas, “especialmente aos idosos”.
Perante o agravamento da situação epidemiológica na região, a chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, pediu à população para ficar em casa e avisa que Hong Kong “está à beira de um surto comunitário em larga escala”.
“Para proteger os nossos entes queridos, os nossos profissionais de saúde e Hong Kong , apelo que sigam estritamente as medidas de distanciamento social e fiquem em casa, o mais longe possível”, pediu, citada pelo Diário de Notícias.
No início da pandemia, Hong Kong foi um dos primeiros locais a ser afetado com a propagação do vírus que surgiu na China, em dezembro do ano passado, mas conseguiu controlar o surto com várias medidas restritivas, como o uso de máscaras e um forte sistema de rastreamento.
Durante semanas, o território não registou casos, mas com as medidas de desconfinamento começaram a surgir novas infeções na comunidade. O aumento de casos levou o executivo a adotar um novo conjunto de medidas restritivas para travar a propagação do novo coronavírus no território.
As reuniões públicas com mais de duas pessoas vão ser proibidas e os restaurantes só poderão vender comida para levar. Além disso, o uso de máscaras é obrigatório em todos os espaços públicos.
Até agora, a obrigação de usar máscara cingia-se aos transportes públicos, as reuniões públicas podiam ter até quatro pessoas e os restaurantes e cafés podiam ter clientes nas mesas até às 18h.
As medidas mantêm o fecho de bares, cabeleireiros, centros de diversão, piscinas e instalações desportivas.
Na terça-feira foram registados 106 novos casos e o máximo diário foi atingido na segunda-feira, com 145 novos casos. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou 2.884 casos e 23 mortes, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins.
China com maior número de casos em três meses
A China registou mais 101 casos de covid-19 nas últimas 24 horas: 89 na região de Xinjiang, oito na província de Liaoning e um em Pequim. Os casos registados são de transmissão local. Foram ainda diagnosticados mais três casos em viajantes oriundos do exterior, os chamados casos “importados”.
Até domingo, a capital chinesa completou 21 dias sem registar novos casos.
O número representa uma tendência crescente nos últimos dias: 68 novos casos na segunda-feira, 61 no domingo, 46 no sábado e 34 na sexta-feira.
Desde o início da epidemia, a China registou 84.060 infetados e 4.634 mortos devido à covid-19.
Coronavírus / Covid-19
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