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Hong Kong regista segunda vaga de contágios “extraordinariamente grave”. Governo aumenta restrições

Vivek Prakash / EPA

Os cidadãos de Hong Kong vão ser obrigados a usar máscara em público, medida que faz parte de uma nova lista de restrições para travar a nova vaga de casos de covid-19, anunciaram esta segunda-feira as autoridades.

“A situação epidémica é extraordinariamente grave em Hong Kong”, afirmou o chefe do executivo daquele território, Matthew Cheung, em conferência de imprensa. Segundo o responsável, as reuniões públicas com mais de duas pessoas vão ser proibidas e os restaurantes só poderão vender comida para levar.

Até agora, a obrigação de usar máscara cingia-se aos transportes públicos, as reuniões públicas podiam ter até quatro pessoas e os restaurantes e cafés podiam ter clientes nas mesas até às 18:00. As medidas entram em vigor a 05 de agosto e mantêm o fecho de bares, cabeleireiros, centros de diversão, piscinas e instalações desportivas.

A cidade de Hong Kong está a enfrentar um surto de coronavírus que já infetou mais de mil pessoas nas últimas duas semanas. “Esta é, até agora, a vaga mais desafiadora e crítica de contágios em Hong Kong”, admitiu Cheung, explicando que as próximas duas ou três semanas serão críticas. “Temos de evitar a propagação da doença na comunidade”, disse.

A cidade registou um total de 2.634 infeções até domingo, mas o Governo anunciou esta segunda-feira mais duas vítimas mortais, elevando para 20 o número de mortes por coronavírus em Hong Kong.

Nas últimas duas semanas, foram infetadas 1.164 pessoas, a maioria das quais por transmissão local. Este é o maior aumento de casos em Hong Kong até agora, depois de a cidade ter registado várias semanas, entre os meses de maio e junho, sem casos transmitidos localmente.

China deteta 61 casos nas últimas 24 horas

A China diagnosticou mais 61 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo 41 na região de Xinjiang e 14 na província de Liaoning, indicaram esta segunda-feira as autoridades chinesas. Os surtos, registados em Xinjiang e em Liaoning, ocorreram por transmissão local, assim como mais dois casos diagnosticados na província de Jilin.

Xinjiang fica no extremo noroeste da China, enquanto Liaoning e Jilin são províncias vizinhas, que se situam no nordeste do país.

As autoridades de saúde revelaram que mais quatro casos foram diagnosticados em viajantes estrangeiros, os chamados casos “importados”.

As autoridades de saúde acrescentaram que, até à meia-noite (17:00 de domingo em Lisboa), 10 pacientes tiveram alta, fixando o número total de casos ativos no país asiático em 339, entre os quais 21 permanecem em estado grave. Segundo dados oficiais, a China já registou 83.891 infetados e 4.634 mortos devido à covid-19.

// Lusa

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