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Homens não identificados raptaram uma das líderes da oposição na Bielorrússia

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Tatiana Zenkovich / EPA

Maria Kolesnikova (E), Olga Kovalkova (C) e Maxim Znak (D).

Maria Kolesnikova foi raptada por um grupo de homens não identificados na capital bielorrussa. Na semana passada, Kolesnikova tinha anunciado a criação de um novo partido.

Maria Kolesnikova, aliada de Svetlana Tikhanouskaia, é uma das líderes da oposição na Bielorrússia e tinha anunciado recentemente a criação de um novo partido político. Esta segunda-feira, foi raptada em Minsk e levada numa carrinha por homens não identificados.

A detenção foi, entretanto, confirmada pelo Conselho de Coordenação, o órgão político da oposição que concorreu contra Aleksander Lukashenko nas eleições do passado dia 9 de agosto. De acordo com o jornal Público, que cita o portal de notícias Tut.by, a polícia bielorrussa garante que não deteve Kolesnikova e diz que está a investigar o caso.

A jornalista bielorrussa Hanna Liubakova difundiu a informação através da rede social Twitter, acrescentando ainda que o porta-voz do Conselho de Coordenação também não responde às chamadas.

Kolesnikova foi gestora da campanha de Viktor Babariko, com quem anunciou a criação de um novo partido na semana passada. Antes de ser detido em julho, Babariko disse que o futuro partido teria como objetivo uma reforma constitucional no país.

Ainda este domingo, 100 mil pessoas voltaram a sair às ruas de Minsk pelo quarto fim de semana consecutivo para contestar as eleições que deram a vitória a Lukashenko. Os bielorrussos pedem eleições livres e transparentes. O Governo anunciou que 633 pessoas foram detidas.

“Apesar da chuva e da pressão das autoridades, apesar da repressão, muito mais pessoas apareceram em Minsk do que no domingo passado”, disse aos repórteres Maria Kolesnikova. “Estou convencida de que os protestos vão continuar até ganharmos”.

Os bielorrussos mostraram ainda empatia com a situação vivida na Rússia, onde se diz que o opositor Alexei Navalny foi envenenado com Novichok numa chávena de chá.

“Sasha, toma um pouco de chá. É oferta de Putin”, cantaram alguns manifestantes, referindo-se a Lukashenko.

A Rússia disse que responderá a quaisquer tentativas ocidentais de “influenciar a situação” e Putin levantou a possibilidade de enviar apoio militar para a Bielorrússia.

ZAP //

5 Comments

  1. A Russia mais uma vez envolvida no apoio a ditaduras, apoio a paises que não respeitam os direitos humanos. Um pais que pelos vistos tal como a Bielorussia assassina os seus opositores.
    São estes os amigos/ exemplos de democracias da nossa esquerda em Portugal. Bloco de Esquerda e Partido Comunista deviam ter vergonha de defender regimes assim.

  2. O BE defende o quê??
    Em que “filme” viste isso?
    Em Portugal, o mais parecido com o partido Rússia Unida do Putin (que controla o fantoche da Bielorrússia) e, de longe, o Chega!!

  3. Vai masé para o avante que estás bem é calado a ouvir apoiantes de assassinos em massa , acusar o chega disso?? Vê se mesmo que ou és um ignorante extremo em política ou então és um anti-chega ignorante na mesma porque não faz sentido o teu comentário

  4. Não querendo o comunismo, pois não há muito por defender. Isto não é comunismo, é ditadura e terrorismo, o que será na falta de melhor palavra Tirania. Temos um povo escravizado pela vontade de um homem que controla as forças policiais e armadas. Bem haja o povo da Bielorrússia e que encontre a paz dentro ou fora do seu país.

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