O Governo de Cuba anunciou esta terça-feira a instauração do recolher obrigatório durante duas semanas em Havana, a capital da ilha, e a restrição de entradas na cidade, devido ao aumento no ultimo mês dos casos de covid-19.
O objetivo consiste em obter “resultados o mais depressa possível” com uma diminuição dos casos, sublinhou o Presidente Miguel Diaz-Canel durante uma reunião com responsáveis da cidade.
O recolher obrigatório, em vigor entre as 19h e as 5h locais, vai prolongar-se até 15 de setembro e será acompanhado pelo reforço da presença policial nas ruas e no encerramento antecipado dos estabelecimentos comerciais, pelas 16h.
Para assegurar o respeito pelas regras sanitárias, o Governo anunciou que as multas serão particularmente severas: 2.000 pesos (cerca de 71 euros) pela não utilização ou uso incorreto da máscara de proteção e 3.000 pesos (cerca de 104 euros) pelo incumprimento do recolher obrigatório, num país onde o salário médio se situa perto dos 35 euros mensais.
As entradas e saídas da capital também vão ser limitadas. A ilha socialista, que em junho declarou a pandemia sob controlo, registou um aumento do número de casos a partir de finais de julho, um mês após ter iniciado o desconfinamento.
A maioria destes casos estão concentrados em Havana, onde vivem 2,1 dos 11,2 milhões de habitantes do país. Devido a esta situação, a capital adiou o início do ano escolar, à semelhança do restante território, e as autoridades não preveem a abertura das suas fronteiras enquanto prevalecer a atual crise sanitária.
Os responsáveis dos serviços de Saúde cubanos assinalaram 33 novos casos nas últimas 24 horas, com um total de 4.065 pessoas infetadas e 95 mortos desde o início do surto pandémico.
No entanto, estes números não são comparáveis aos casos de países vizinhos da América Latina e Antilhas, casos do Panamá, que com 4,1 milhões de habitantes regista perto de 93.000 casos ou da República Dominicana (mais de 94.700 casos para uma população de 10,6 milhões).
// Lusa
Coronavírus / Covid-19
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