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Há mais sete arguidos no processo judicial de Pedrógão Grande

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António Cotrim / Lusa

Pelo menos mais sete pessoas vão ser constituídas arguidas no processo judicial relativo aos incêndios de Pedrógão. Nos novos arguidos figuram três autarcas dos concelhos afetados.

O processo judicial relativo aos incêndio de Pedrógão Grande vão contar com mais sete arguidos, conta a SIC. Desta nova lista, três são os presidentes da Câmara dos concelhos afetados pelas chamas – Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera – a 17 de junho de 2017 e que vitimaram mortalmente 64 pessoas.

Os sete arguidos são suspeitos de homicídio por negligência, assim como ofensas à integridade física, também por negligência.

Segundo o mesmo canal de televisão, a investigação ao incêndio foi dada como concluída e na origem do incêndio terá estado uma descarga elétrica.

A lista de arguidos conta então com nove nomes.

Dois altos dirigentes da Proteção Civil, a EDP e a Ascendi também serão constituídos arguidos e juntam-se ao segundo CDOS de Leiria, e ao comandante dos Bombeiros de Pedrógão – perfazendo então os nove arguidos – que tinham, já anteriormente, sido indiciados pelos crimes acima referidos.

As notificações já terão saído do tribunal. Agora é uma questão de tempo até que os arguidos as recebam.

ZAP //

6 Comments

  1. E o principal criminoso nao vai ser constituido arguido? Costa só fez asneiras, desde a compra dos helicópteros Kamov e a adjudicação do SIRESP, à reforma e criação da Protecção Civil e ao fim dos guardas florestais quando era ministro da Administração Interna, há 12 anos atrás, até à sucessão de erros de palmatória de Junho para cá. E a sua inabilidade é flagrante; veja-se os casos da demissão da Ministra da Administração Interna, do jantar no Panteão, passando pelo Infarmed e pelos ‘Focus Group’, pior é difícil… (PI)

  2. Ainda estou para saber… Para quando os proprietários que têm terrenos florestais e não cumprem as regras da limpeza, são constituídos arguidos de crimes de negligência. Para quando é que o Estado tem coragem de meter na jaula os cidadãos que fazem queimadas no período em que estas são proibidas. Atenção, não olhem para estas pessoas como coitadinhos. Ser proprietário de terrenos com árvores que lá foram plantadas para serem cortadas e obter rendimentos não é um coitadinho! Eu moro em cidade e há coisas que não posso fazer numa cidade. Quem vive no campo sabe que coisas não pode fazer no campo.

    • Desculpe Hugo, mas está a falar do proprietário do pinhal de Leiria? Ou será do proprietário dos inúmeros baldios que arderam? Talvez o pseudo-problema da limpeza não seja assim tão importante…

      • Boa tarde, tem razão caro Rui, as limpezas não são o principal problema, até porque nem sei se existe um principal problema ou… é tudo um conjunto de pequenos problemas que no conjunto de serem tantos apesar de pequenos, resultam num grande problema para resolver. Assim a juntar a esse pequeno problema que é ninguém querer saber de cumprir as leis, e não fazerem limpezas, fazerem queimadas fora de época, também temos o facto de haver eucaliptos por todo o território quando a árvore não é apropriada, não devia ser plantada em Portugal, muito menos na quantidade que se vê, também porque o que se planta é sem regra, sem corredores livres, junto a casas, etc, também que os contratos com privados para manutenção de equipamentos, venda, fornecimento e outros serviços de aluguer ou consultoria, propiciam a que haja fogo posto, também que se coloquem amigos nos lugares e posições de responsabilidade nas instituições de protecção ou combate a incêndios e isso não é a melhor opção, aquela que melhor serve… e tantos outros pequenos problemas, senhor Rui, que admito serem pequenos, são é muitos, que contribuem para este grande problema que urge ser resolvido. Todavia isto é só uma observação de quem, não sendo entendido, não se considera habilitado, admito, para apresentar soluções.

  3. Haverá alguma razão especial para, no texto da notícia, só serem nomeados dois arguidos? Os outros não têm nome? Ou estes dois não têm direito ao mesmo recato e consideração que os outros têm?

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