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Guerra aberta no Bloco. Direcção de Catarina Martins acusada de “pressão inaceitável”

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Tiago Petinga / Lusa

Catarina Martins em conferência de imprensa

Está instalada a tensão no Bloco de Esquerda com divergências entre a direcção e as distritais do partido na escolha dos candidatos a deputados para as próximas eleições legislativas. Em Santarém e no Porto acusam a direcção de Catarina Martins de “ingerência” e “pressão inaceitável”.

A definição das listas de deputados do Bloco de Esquerda (BE) no Porto e em Santarém está envolta em polémica, com acusações à direcção de Catarina Martins de estar a interferir no processo de forma pouco democrática.

No Porto, 40% dos dirigentes locais recusaram a lista encabeçada por Catarina Martins. Em causa não está o nome da líder do partido, nem o número 2, José Soeiro, mas a ordem dos restantes candidatos – Maria Manuela Rola, Luís Monteiro, Bruno Maia e Fernando Barbosa — como apurou o Expresso.

O semanário reforça que há um abaixo assinado de 73 militantes que apela ao “debate para encontrar uma proposta de lista sem exclusões”.

“Não está em causa o nome de Catarina Martins, mas o método e a forma como o processo está a ser conduzido”, explica ao Expresso o primeiro subscritor deste abaixo assinado, António Sá Luz, lamentando a “falta de debate interno” e frisando que o BE arrisca tornar-se num “grupo fechado e de organização em pirâmide, sem respeito pelas bases”.

Em Santarém, a direcção do BE vetou o nome do já deputado Carlos Matias que foi escolhido pelas bases. A Comissão Política apresenta como alternativas os nomes de Fabíola Cardoso e Roberto Barata e justifica a decisão com as “necessidades de renovação”, como cita o Expresso.

Além disso, a direcção comunicou a Santarém que o líder da bancada parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares, vai deslocar-se ao Ribatejo para acompanhar o processo de eleição do cabeça-de-lista distrital.

É “uma pressão inaceitável”, sustentam fontes do Bloco de Santarém em declarações ao Expresso, frisando que é “uma forma de ingerência e de condicionamento de uma decisão das bases”.

A direcção nacional “não comenta publicamente decisões internas, que ainda não foram tomadas”, refere uma fonte oficial do partido ao semanário, sustentando que “é prática habitual a presença de membros da comissão política em reuniões de âmbito local ou regional”.

ZAP //

4 Comments

  1. Mas não é assim o comunismo? Um bufa e os outros borram-se! Têm de ir estudar melhor a lição com o PCP e com o Goês vice do sócrates!

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