/

Três grupos económicos terão pagado luvas de 34 milhões de euros a José Sócrates

32

André Kosters / Lusa

José Sócrates

Na altura em que era primeiro-ministro, José Sócrates terá sido corrompido por três grupos económicos, segundo a acusação do MT. Grupo Espírito Santo, Grupo Lena e empreendimento Vale do Lobo terão pagado um total de 34,14 milhões de euros em alegadas luvas.

O pagamento destes supostos subornos a Sócrates é o foco central da acusação do Ministério Público (MP). O juiz de instrução criminal Ivo Rosa decide esta sexta-feira se Sócrates irá a julgamento pelos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e falsificação de documento.

Segundo o Correio da Manhã, Sócrates terá recebido as alegadas luvas em troca de favores políticos dados, enquanto primeiro-ministro, ao GES, Grupo Lena e empreendimento de Vale do Lobo.

Ainda que tenha sido primeiro-ministro entre março de 2005 e junho de 2011, Sócrates terá recebido os supostos subornos entre 2006 e 2015. No entanto, negou ter sido um primeiro-ministro corrupto.

Ricardo Salgado, na altura líder do BES e do GES, terá sido o principal agente corruptor. Da parte do GES, Sócrates terá recebido supostos subornos de mais de 26,1 milhões de euros.

O GES terá feito estes alegados pagamentos em troca do suposto apoio do então primeiro-ministro em três operações: o chumbo da OPA da Sonae à PT, em 2007; e a venda da participação da PT na brasileira Vivo e posterior compra da Oi, em 2010.

Por outro lado, o Grupo Lena terá pagado a Sócrates alegadas luvas de 5,82 milhões de euros. Os supostos pagamentos terão sido uma contrapartida pelo favorecimento nas obras das escolas públicas promovidas pela Parque Escolar, no concurso do TGV e negócios na Venezuela.

Joaquim Barroca, ex-administrador do Grupo Lena, terá sido um intermediário na passagem dos supostos subornos destinados a Sócrates.

Já o empreendimento Vale do Lobo terá pagado a Sócrates alegados subornos de um milhão de euros. Os investidores do projeto terão beneficiado do apoio de Sócrates para obter um crédito da CGD, de 194 milhões de euros, para a aquisição de Vale do Lobo, em 2006. Armando Vara, arguido neste processo, era então administrador da CGD.

Em 2010, Carlos Santos Silva, amigo de Sócrates e arguido no processo, repatriou da Suíça para Portugal mais de 23 milhões de euros.

O MP alega que Sócrates é o verdadeiro dono do dinheiro repatriado por Santos Silva. A verba dirá respeito às alegadas luvas.

ZAP //

32 Comments

    • Adorei! É verdade que os tugas não são conhecidos pela memória e inteligência. Mas, ainda assim, só mesmo num delírio tal sucederá!!!

      • Tudo o que é provas, tem-se perdido.
        Já se sabe o resultado do processo
        Daqui a uns anos… Presidente da República… por maioria
        Portugal nunca desilude

  1. A lista peca por incompleta.
    Faltam pelo menos 2 grandes grupos que tiveram negócios criminosos de milhões com o 44: a A EDP e a PT

  2. Já quando era PM eu lhe chamava o maior padrinho da máfia portuguesa. Ele por sua vez nunca escondeu a arrogância de um bom gandim com rasgos de ditador.

  3. Era importante perceber o porquê destas notícias AGORA , …é para manipular ou levar a crer em alguma coisa.
    Deixem que seja a justiça a julgar.
    É perseguição ??

      • Pois, há as regras e as exceções à regra. E o particípio passado do verbo pagar é uma exceção.
        A forma irregular do particípio passado do verbo pagar pode-se usar com o verbo ter.
        “Terão pago”está correto. Além do mais, sendo essa a forma mais comummente usada em Portugal, também será a que causará menos estranheza, como se viu…

      • O “ter pago” começou recentemente a ser admitido, devido ao seu uso generalizado, ainda que incorreto numa fase inicial de utilização.
        Com o verbo ter e haver usa-se o particípio regular. Com o verbo ser e estar, o particípio irregular. Recentemente, e como referi antes, tem vindo a adotar-se a forma até então menos correta devido ao seu uso generalizado. O “pagar” é precisamente um dos casos. No entanto, será mais correto referir ter pagado. Originalmente era assim.
        A Sílvia demonstra no fundo aquilo que é a realidade em Portugal. Fala-se mal e corrige-se sem se saber o que se corrige.
        À pergunta da Sílvia: “Desde quando se diz “pagado” em vez de pago?”, a resposta mais adequada seria: desde os tempos do seu avozinho, que muito provavelmente não terá tido tempo para a educar adequadamente, a avaliar pela grosseria da forma como abordou o tema.

    • Antes de reclamar aprenda a falar bom português, o pretérito perfeito dos verbos conjugados com o verbo ter: diz-se ter pagado, ter aceitado, ter matado, ter ganhado, etc, com o verbo ser diz-se : ser pago, ser aceite, ser morto, etc

      • Pois, antes de corrigir os outros e de se armar em esperta, vá estudar um pouco.
        Há as regras e as exceções à regra. E o particípio passado do verbo pagar é uma exceção.
        A forma irregular do particípio passado do verbo pagar pode-se usar com o verbo ter.
        “Terão pago”está correto. Além do mais, sendo essa a forma mais comummente usada em Portugal, também será a que causará menos estranheza, como se viu…

      • Mas no passado, não era correta. Originalmente, era tinha pagado e não tinha pago. Com o uso generalizado, ainda que errado, foi adotada essa variante. A língua é dinâmica e muitas são as introduções resultantes da própria utilização quotidiana. Esse é mais um caso.

      • Pois, “ter pago” está correto.
        Com o verbo “pagar” podemos usar a forma irregular mesmo que seja acompanhada com o verbo” ter”. Assim, se o ZAP tivesse escrito “terão pago”, não só não estava errado, como ia ao encontro da norma atual, causando menos estranheza nos leitores.

    • com o verbo ter diz-se: ter apagado, ter aceitado, ter matado, etc. com o verbo ser diz-se: ser pago, ser aceite, ser morto, etc. assim se fala o bom português

  4. Já o Pinóquio tinha ido numa viagem de circum-navegação, como o Magalhães, à Venezuela e com recurso a energias renováveis.

  5. Compensa ser ladrao.
    Justica ja nao faz o seu papel…
    Entao teremos de acabar com este sistema ou o sistema acaba com todos nos.

  6. Se aos mortos fosse possível ver o que deixaram para trás, certamente que Salazar já teria morrido de novo, mas de ataque cardíaco. Para quem já viveu os dois sistemas e ver o país a saque não apenas por este artista, mas vários e nem vale a pena irmos à procura de cores políticas, pois estão todas elas manchadas de corrupção. Vamos aguardar, por mais alguns anos a novela continuará e toda esta gente a viver à grande e em liberdade à custa do zé-povinho.

    • Não diga isso. Não sabe que não se pode falar bem de Salazar!? Que heresia! Estou admirado de as putativas virgens “desta” liberdade ainda não lhe terem caído em cima. Devem estar a gozar o fim de semana… Só pode!

      • Não aparecem porque o escândalo é de tal maneira grande e vergonhoso que não lhes deixa margem de manobra para qualquer justificação, melhor que fiquem calados!

  7. Leis erradas, no pais errado…
    Juizes e advogados a conspirar contra seu pais..
    A nacao perdeu justica…
    O que fazer????
    A solucao passa por uma reforma vinda da europa union… nao tem outra solucao…
    Os de ca nao estao altura nem querem mudar entao vamos para fora, mudar ca dentro…

    • A nação perdeu justiça e sobretudo valores, já parece a lei da selva, safe-se quem puder e da forma que entender, moral não existe e respeito pelo próximo cada vez menos!

  8. Perdemo-nos nas discussões do passado, neste caso do particípio, e não damos a devida importância ao presente. Mas ainda a propósito do passado, soa-vos melhor: “eu tinha aceite” ou “eu tinha aceitado”? A Carla tem toda a razão, não dizemos uma forma por ser mais normal! Na gramática há regras que, quando não se cumprem dão erro, e não há alternativas! Com os auxiliares “ter” e “haver” a gramática diz, mesmo, que se deve usar o particípio passado regular: “aceitado.” Talvez se perceba melhor a regra no caso do verbo acender:” Ele tem acendido muitas vezes a luz, hoje”. Mas, a luz esteve acesa (e não “acendida”) durante muito tempo, hoje.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.