Graça Freitas não se compromete com regresso às aulas a 10 de janeiro. Regras de isolamento para crianças mantêm-se inalteradas

Manuel de Almeida / Lusa

Perante contactos de risco com casos positivos, crianças terão de continuar a cumprir isolamento por não terem o esquema vacinal completo.

A imprevisibilidade do momento epidemiológico não permite a Graça Freitas, responsável da Direção Geral da Saúde, confirmar se as crianças e jovens vão regressar efetivamente à escola no dia 10 de janeiro, tal como estava previsto depois de o Governo ter adiado por uma semana o fim da interrupção de Natal, no âmbito da chamada “semana de contenção” de contactos.

Perante o drástico aumento de casos dos últimos dias, a diretora geral da Saúde remete para os próximos dias uma decisão, baseando uma alteração no calendário previsto nos números da próxima semana. “Vamos ver. Se for possível regressar com confiança, serão retomadas as aulas. Se não, serão tomadas as medidas que serão consideradas necessárias“, disse, em entrevista à CNN.

Graça Freitas, desta feira em entrevista à RTP, abordou ainda a possibilidade de as regras de isolamento para as crianças poderem ser alteradas — em linha com o que aconteceu com os adultos ontem. No entanto, e para já, tal não deverá acontecer, dado que os grupos etários mais baixos ainda não têm as segundas doses da vacina contra a covid-19.

“Enquanto não tiverem o esquema vacinal primário completo e tiverem passado alguns dias da toma da segunda dose, ainda não podem ser isentas de isolamento”, explicou. Este é também o raciocínio que foi aplicado aos adultos não vacinados, com a DGS a estabelecer diretrizes claramente distintas para quem decidiu não se inocular de acordo com os conselhos das autoridades de saúde.

No caso dos coabitantes que são contactos de risco e já tenham tomado a dose de reforço, não será necessário cumprir isolamento caso tenham um teste negativo. Já as pessoas que tenham apenas duas doses, terão de se isolar durante sete dias. Ainda assim, Graça Freitas sublinhou que o primeiro grupo deverá continuar a monitorizar os sintomas e estar atento às “regras de precaução“, como o distanciamento físico, o uso de máscara e a desinfeção das mãos.

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