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Governo vai criar rede de escolas para atletas de alta competição

Inácio Rosa / Lusa

A atleta portuguesa Patrícia Mamona na final do triplo salto no Rio 2016

O Governo vai criar uma rede de escolas para atletas de alta competição, uma medida que tem como objetivo ajudar os alunos-atletas a conciliar as aulas e os treinos.

O Governo português lançou o projeto das Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE) com o objetivo de ajudar os atletas de alta competição a conciliar a preparação desportiva com os bons resultados escolares. Apesar de estar uma fase primária, o projeto está já a dar bons resultados.

As primeiras Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola foram implementadas em 2017, mas o projeto tem resultado. Por isso, segundo o Público, com a portaria que é publicada esta segunda-feira, fica criada a rede de escolas a que são acrescentadas mais três. A iniciativa foi pensada para alunos do 3º ciclo do ensino secundário apesar de envolver estudantes mais novos. No total, estão abrangidos por estas UAARE desportistas de 40 modalidades, desde a canoagem à ginástica.

De acordo com o diário, nos primeiros sete meses do ano, os alunos destas UAARE conseguiram garantir 17 lugares no pódio em provas europeias. Além disso, os índices de aproveitamento académico têm revelado sinais encorajadores, isto porque o índice de sucesso dos estudantes/atletas (calculado através do número de disciplinas em que tiveram notas positivas) foi de 93,5% no final do ano letivo de 2018/2019.

O projeto-piloto que arrancou em 2017 envolvia 60 alunos e quatro escolas. No ano letivo passado, registou-se a participação de 413 atletas, e no ano anterior 160. Os resultados positivos desta iniciativa justificam o reforço da aposta para o próximo ano letivo, sendo que às 16 escolas que já têm estas unidades vão ser adicionadas outras três – em Lagoa, Leiria e Lisboa.

O Ministério da Educação estima que em 2019/2020 o número de alunos-atletas suba para 600 e que as UAARE deixem de ser um projeto-piloto e passem a ser uma rede escolar sólida.

A portaria publicada em Diário da República define os intervenientes no processo e o “compromisso de conciliação da carreira dupla”, bem condições de matrícula e ou renovação da inscrição destes estudantes.

Conforme explica o Observador, cada unidade tem um período de tempo reservado para que os alunos-atletas possam ter apoio personalizado, requisitar a presença de um professor da disciplina que pretendem trabalhar para tirar dúvidas, ou recuperar matéria, preparar para testes e exames.

Além disso, têm à disposição, via internet, todos os materiais curriculares de apoio e uma plataforma online que permite que, mesmo estando e estágio ou competição, os alunos possam manter-se a par daquilo que os colegas de turma estão a aprender.

ZAP //

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