Ainda não há propriamente ministros-sombra, mas é o primeiro sinal de que o PSD vai assumir uma intervenção activa como oposição ao governo de António Costa, apresentando 31 medidas para rebater o powerpoint do Executivo com o Programa Nacional de Reformas.
A TSF teve acesso a um Projecto de Resolução que o PSD vai apresentar nesta quarta-feira, no Parlamento, com 31 medidas para ajudar a recapitalização de empresas.
Uma fonte da direcção da bancada social-democrata nota à TSF que estão em causa “medidas concretas e estruturadas” e não um mero “powerpoint sem medidas concretas”, como diz que fez o governo com o Programa Nacional de Reformas.
Este será o primeiro sinal daquilo que Passos Coelho prometeu no congresso do passado fim-de-semana, um PSD mais activo na oposição, depois de quase se ter alheado das discussões, nomeadamente em torno do Orçamento de Estado, na primeira fase do Executivo socialista.
Já se tinha noticiado que Passos está a preparar a reactivação do chamado governo-sombra, para pressionar a governação de António Costa, e a TSF nota que “o PSD vai marcar o Governo proposta a proposta, área a área” nos debates parlamentares.
O partido vai apresentar as suas propostas para as empresas esta quarta-feira, visando “reforçar os capitais próprios; promover a reestruturação; melhorar o acesso ao financiamento Europeu, e diversificar as fontes de financiamento”, conforme transcreve a TSF.
Entre algumas das medidas propostas pelo PSD estarão, nomeadamente, “incentivos à troca de dívida por capitais próprios”, a “introdução de incentivos fiscais para a remuneração variável dos trabalhadores sob a forma de capital próprio, com redução da tributação autónoma desses rendimentos” e “incentivos à poupança e ao investimento das famílias, através de uma redução da tributação das mais-valias, e reduzindo a tributação de dividendos em sede de IRS”.
ZAP
Sempre vai havendo alguns aspirantes a comediantes na política porque só pode ser mesmo para rir!
Isso mesmo, ele que “reforce os capitais próprios” das empresas, tire também mais aos trabalhadores para meter no bolso dos patrões, para que tenham mais dinheiro, (não para investirem e criarem emprego), mas para mandarem mais para offshores.