/

Governo pode voltar atrás na transferência do Infarmed

6

Tiago Petinga / Lusa

O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes

Ministro da Saúde diz que será preciso “inteligência e humildade ” na análise do relatório do grupo de trabalho que avalia a mudança e que é liderado por antigos presidentes do Infarmed.

É a bem da descentralização que Adalberto Campos Fernandes defende a transferência da Autoridade Nacional do Medicamento, o Infarmed, para o Porto. Mas o ministro da Saúde não põe de parte a possibilidade de o Executivo recuar, de acordo com a TSF.

“O Governo admite uma coisa muito simples, que é olhar para as conclusões do grupo de trabalho e tê-las em atenção com inteligência e com humildade“, disse, no parlamento, à saída de uma audição na Comissão de Saúde, garantindo assim que ainda nada é definitivo.

Quanto aos protestos dos trabalhadores que dizem ter sido apanhados de surpresa pelo anúncio da decisão, o ministro entende que seriam semelhantes, mesmo em caso de divulgação de um estudo prévio sobre a transferência.

“Se porventura este anúncio tivesse sido feito antes, ou mais tarde, já com algum estudo a suportá-lo, a reação era seguramente a mesma. E, sabem porquê? Porque as pessoas não querem mudar. Há, de facto, uma visão central do país, uma visão egoísta“, afirmou.

Além disso, Campos Fernandes admite que, depois do Infarmed, outras agências e organismos públicos podem vir a ser transferidos. “Estamos com vontade até dos trabalhadores e dirigentes de algumas agências, a equacionar outro tipo de transferências e relocalizações”.

Os deputados da Comissão de Saúde aprovaram, por unanimidade, a audição de Adalberto Campos Fernandes sobre a decisão de transferir o Infarmed para o Porto.

O requerimento para audição do ministro da Saúde sobre esta matéria foi apresentado pelo grupo parlamentar do PSD, que solicitou a audição com caráter de urgência para perceber “os fundamentos da decisão governamental“.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

6 Comments

  1. Se quiserem descentralizar, não transfiram coisas de Lisboa para o Porto mas sim para zonas interiores do país. Transferir agências ou departamentos de Lisboa para o Porto não se chama descentralizar, mas sim servir clientelas politicas ou outras .. Quando houverem novas agências que as instalem no Porto. Acredito que Lisboa possa ter muito mais que o Porto, mas todo o resto do país têm muito menos que o Porto : mudem para lá.

  2. Mais uma vez a macrocefalia da capital a impor-se, se bem que para que é que servia transferir a sede para o Porto se os serviços essenciais teriam que ficar em Lx.
    Este governo precisa de se pôr fino, pois com tanta confusão, arrisca-se a perder a credibilidade já granjeada.

  3. Toda a gente sabe que que isso já não vai acontecer. Toda a gente sabe há muito que o costa e sua camarilha roeram a corda. Desde que disseram que foi sempre e apena, um plano de intenções. A partir daí já se sabia que tudo ficava em águas de bacalhau!!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.